Depois de passarmos um perrengue em achar a Aduana do Suriname, estrada difícil de encontrar, falta de sinalizações e ainda por cima no meio de plantações. Enfim, atravessamos a fronteira.
Em Corriverton(Guy), fizemos os trâmites da Aduana, o seguro internacional contra terceiros, tudo ok. Na Guyana, a direção também é pelo lado esquerdo, isto é mão-inglesa. Como já estávamos dirigindo desta forma no Suriname, não estranhamos.
Seguimos a estrada para a capital Georgetown. Agora todo cuidado é pouco. Na Guyana o transporte coletivo é feito através de vans. Cada uma diferente da outra, devido as pinturas muito coloridas. Eles buzinam demais. Tudo para pegar passageiros. E ainda para completar a confusão, tem carro de passeio fazendo a mesma coisa. Basta ver alguém parado na rua, já vem buzinando e fazendo sinal. A disputa entre eles, é grande! Toda a atenção é pouco, pois alem de dirigirmos pelo lado contrário, com pouca visão na ultrapassagem, eles vem buzinando, te ultrapassa e pára logo na sua frente. Há esqueci, neste caldeirão ainda tem as motocas. Superando tudo isso e nos acostumando com esse trânsito caótico, seguimos apreciando a paisagem.
Em New Amsterdam, pega-se o Ferry Boat para atravessar o Barbice River, e continuamos na estrada e observando um grande muro de contenção das águas do mar, conhecido com Seawall.
Passeando pelo centro Georgetown, vimos muitos canais fluviais, todos com monitoramento e controlando a entrada de águas. Ficamos sabendo que o país está abaixo do nível do mar em torno de 1,20 m, por isso o muro de contenção. Anteriormente os muros foram construídos pelos Holandeses e os que estão até hoje pelos Ingleses.
A cidade possui várias construções em madeira do século XIX, arquitetura essa deixada pelos ingleses. Visitamos várias construções, parques e praças. As que mais me impressionaram diante das suas magnitudes são: A Catedral de St. Georges, a maior catedral do mundo, construída toda em madeira, medindo 43 metros de altura; Stabroek Market, um mercado com artigos indiano, guyanenses, e de outras várias culturas, localizado no centro da cidade e muito agitado; The High Court(Suprema Corte), um enorme prédio de madeira que impressiona pela sua cor de mostarda; City Hall, a Prefeitura de Georgetown de arquitetura gótica; Promenade Garden, jardim com plantas tropicais, possui a estátua do Mahatma Gandhi e em 1823 foram executados muitos escravos no local.
Conversando com um morador local de nome Mohamed, disse que enquanto os ingleses administravam o país, as coisas eram mais bonitas e melhor conservadas. Nesta época o grande objetivo da vida era estudar e ter um bom emprego. Hoje disse-me, "era sobreviver entre o café da manhã e a janta". É claro, que quando se é colonia de um país, tudo vem pronto, depois que se conquista a independência, tem todo um tempo para estruturar o país e o povo tem que participar, mas isso é uma outra história...
De Georgetown seguimos com um grupo da Embaixada do Brasil com destino a Roraima, capital Boavista. Levamos combustível extra pois, são 685 km, sendo 452 km de estrada de terra, passando pelo meio da floresta. A estrada é bonita, mas com pouca sinalização, ou quase nenhuma e muito difícil de achar o caminho, devido as bifurcações. Muitas balsas para atravessar e muita gente armada. Era assustador!! Se não fosse o pessoal da Embaixada do Brasil, iriamos correr um risco muito grande de se perder. Lembrando que não tínhamos GPS. Mesmo no tempo seco, utilizamos o 4x4 para dar melhor dirigibilidade. Nesta estrada encontramos alguns caminhões levando mercadorias para o garimpo, tendo estes pneus as bitolas muito grande, pois no período das chuvas fica intransitável para veículos de menor porte, mesmo sendo 4x4.
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Catedral de St. Georges |
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Suprema Corte |
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Mercado Público |
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Georgetown |
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Dique de contenção |
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Saída de Georgetown para Lindem |
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Estrada para Boa Vista - Floresta |
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Estrada para Boa Vista - Floresta |
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Balsa travessia Essequibo River |
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Floresta reserva Iwokrama |
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Estrada em direção a Lethem - Guy |
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Estrada em direção a Lethem - Guy |
Daqui vamos até Boavista para depois seguir para Venezuela, que contarei no próximo post.
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