segunda-feira, 9 de março de 2020

Expedição Brasil até ao Alaska/Ushuaia 2020 - Diário do dia 16 a 26/02/2020


41 – Diário do dia 16 a 26/02/2020

O dia de ontem foi muito interessante, pois conversamos com um alemão com seus dois filhos adolescentes e também um inglês que também estava com suas filhas adolescentes passando uns dias de férias, e que mora na cidade de Cusco. Falei da nossa última experiencia em Cusco e ele nos disse justamente a impressão que tivemos. A cidade mudou muito nos últimos 15 anos e perdeu parte do seu encanto. Nós ficamos com as boas lembranças do passado, pois percorremos muito esta região e tivemos a grata experiencia de conhecer um pouco dos costumes dos locais. Bem, vida que segue!
Ibarra
De manhã, arrumamos as nossas coisas e partimos em direção à fronteira. Em 2017 estavam fazendo muitas obras e tinha muito desvios. Agora a rodovia estava impecável.  Os trâmites na aduana estava um pouco complicado em função de pouca sinalização dos processos, mas o atendimento foi muito cordial na imigração, nos dando as boas-vindas ao Equador. Na aduana, quando estávamos fazendo o processo da entrada do “Bison”, o funcionário recebeu ligação para dar um atendimento especial para os acidentados da torcida de futebol do Time do Barcelona de Guayaquil. Nós passamos no local e vimos o ônibus caído na ribanceira abaixo e os bombeiros e policiais guardando o local. Bem, demorou um pouco o atendimento e chegou uns motociclistas do Brasil que iam para o Peru e estavam com pressa. Olharam uns pacotes e pensaram que fosse nosso e pediram para ser atendido primeiro. Como já estávamos sendo atendidos, disse que por mim não teria problemas. Mas, o funcionário da aduana disse que primeiro finalizaria o meu processo para depois fazer os deles. Ficaram um pouco irritados pela demora, mas quando disse que as caixas não eram minhas se tranquilizaram. Alertei a eles sobre as pedras que tinham no asfalto para tomarem cuidado.

Tudo resolvido, seguimos para a cidade de Machala e estacionamento no Centro Comercial La Piazza. Os seguranças nos atenderam muito bem, inclusive indicando o local para ficar, e também disseram que poderíamos ficar os dias que quiséssemos. Agradecemos, mas seria somente uma noite. A noite foi muito tranquila, pois era domingo e os bares fecham cedo. A noite estava muito quente e como não tínhamos mais combustível para o gerador, a opção foi dormir com as janelas abertas na tela. Claro que tudo isso em função de ter segurança 24 horas. 
Laguna Colta
Quando acordamos o calor já estava pelas alturas novamente. Aqui é nível do mar e a temperatura sobe muito. Depois das rotinas normais, agradecemos os vigilantes e seguimos em direção a estação de serviço Primax para reabastecer o “Bison” e comprar gasolina para o gerador. O combustível Diesel Premium custa $0,27 de dólar por litro. Muito barato!!!! Outra coisa: há informativo do corpo de bombeiros em algumas cidades que proíbe encher combustível em galão. Vamos continuar tentando pelo caminho.
Laguna Colta
Seguimos pela E-25(Troncal de la Costa) até a cidade de Virgem de Fátima e na rótula entramos a direita e pegamos a E-40 até a cidade de El Triunfo. Dali alguns quilômetros pegamos na bifurcação a esquerda para a E -487 passando pela cidade de Cumandá e de Pallatanga. Subimos a 3.800 msnm chegando à cidade de Colta. Nesta cidade chegamos perto do meio dia e a Valquiria começou a sentir novamente os sintomas da altitude. Tem um parque muito bonito ao lado da Laguna de Colta, entramos e estacionamos para passar a noite. Um lugar muito bem cuidado, com flores no jardim, estacionamento pavimentado, lugar muito tranquilo e fazem passeios de barco pela laguna. A noite, o portão é fechado e fica um vigilante até de manhã. O local por ser bem tranquilo e bonito, resolvemos ficar mais um dia para aclimatar com a altitude.

Laguna Colta

Laguna Colta

Laguna Colta
Depois de dois dias, nesta tranquilidade a Valquiria melhorou, seguimos pela E – 35 até a cidade de Latacunga. Alguns poucos quilômetros adiante, pegamos a estrada toda pavimentada para a entrada do Parque Nacional Cotopaxi. O local tem muito boa estrutura, com fornecimento de água, além de restaurante e banheiro. Aqui também fica a sede administrativa do parque. Nos receberam muito bem, dizendo que podíamos ficar os dias que quiséssemos. A noite tem segurança, e o local é muito tranquilo. Ficamos dois dias para aclimatação, pois vamos subir até 3.800 msnm onde ficam os campings e um pequeno centro de recepção. Tem um camping com uma certa estrutura que é pago de nome Rinconada e outro sem estrutura de nome Condor Huayco que é free. Depende dos serviços que necessita. Como não precisamos de serviços optamos pelo camping free. Este ultimo camping fica numa planície com vista para o Vulcão Cotopaxi e também para a Laguna Limpiopungo. Nesta laguna tem um estacionamento somente para passar o dia até as 17:00 horas e tem uma trilha em volta que mais ou menos 2.500 metros. Avista-se muitos pássaros e também cavalos, veados e coelhos. Adoramos o lugar e fiquemos 3 noites. Fizemos muitas caminhadas e ajudei a dois carros que estavam com problemas. Emprestei a minha sinta de rebocar a uma senhora que é guia e disse-me que iria trazer no dia seguinte. Que nada! Pensei, fui fazer uma boa ação e será que ia me passar a perna. Esperei até o final da tarde e fomos dormir na entrada Caspi do PN Cotapaxi (Centro administrativo) e conversei com os Guardas-parque e disseram que iam me ajudar.

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi
No dia seguinte de manhã, fui até a portaria e já me informaram que já sabiam quem era a Guia e que iriam contactá-la. Bem, resumindo: conversaram com a chefe dos guias e ela fez com ela trouxeste até mim a sinta. Deu uma desculpa, mas como ela ficou responsável em me trazer não colou. Ainda bem que os guardas foram muito legais. Quase 24 horas em atraso na devolução, me despedi de todos e pegamos a rodovia E- 35(Panamericana) até a entrada do PN El Boliche. Lugar muito tranquilo, com vários quiosques, campo de vôlei e futebol e também tem muitas espécies de animais. Na entrada do parque tem a estação de trem. O trem vem de Quito trazendo turistas, todas sextas-feiras, sábados e domingos, e retorna no mesmo dia.  Viemos conhecer e aguardar o termino do feriado para que as rodovias voltem ao normal. 

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

PN Cotapaxi

Vulcão Cotopaxi
Acordamos muito bem, pois foi uma noite em que só escutava o barulho da chuva.  Com o frio que estava, nem dava vontade de se levantar. Mantivemos a nossa rotina e depois do café, tudo arrumado e seguimos pela E- 35 em direção a Quito. As estradas estavam impecáveis, sem nenhum buraco. A gente não está acostumado a isso. Após passar Quito, paramos num posto da Primax enchemos o tanque do “Bison” e também água para a casa. Neste posto eles não aceitam notas de USD 100,00. Foi o primeiro que recusou. A sorte que a Valquiria tinha uma nota de USD 20,00 que deu para completar o tanque. Como já frisei anteriormente, o diesel é muito barato! 

Laguna Yambo

A estrada é uma verdadeira montanha russa.  Quando desce, desce muito! Temos que ter o máximo cuidado para não esquentar os freios.  E se desce muito, também sobe muito! O cuidado é para não aquecer demasiado o veículo. Tudo com muita a tenção e cuidado. Olha, não sei se foi a Odebrecht que fez, mas as obras são muito bem feitas. Assim, foi passando o nosso dia e chegamos até a fronteira do Equador com a Colômbia, conhecida como Rumichaca. Já era um pouco tarde e estava chovendo muito, resolvemos não atravessar a fronteira e estacionamos ao lado da Imigração do Equador, onde os taxis também tem o seu estacionamento. Aproveitei para fazer o câmbio e também o SOAT (seguro contra terceiros na Colômbia).

Amanhã de manhã cedo faremos os trâmites das duas fronteiras. Essa fronteira é muito movimentada. Bem, mais isso conto no nosso próximo post.