41 – Diário do dia 16 a
26/02/2020
O dia de ontem foi muito
interessante, pois conversamos com um alemão com seus dois filhos adolescentes
e também um inglês que também estava com suas filhas adolescentes passando uns
dias de férias, e que mora na cidade de Cusco. Falei da nossa última experiencia
em Cusco e ele nos disse justamente a impressão que tivemos. A cidade mudou
muito nos últimos 15 anos e perdeu parte do seu encanto. Nós ficamos com as
boas lembranças do passado, pois percorremos muito esta região e tivemos a
grata experiencia de conhecer um pouco dos costumes dos locais. Bem, vida que
segue!
|
Ibarra |
De manhã, arrumamos as nossas
coisas e partimos em direção à fronteira. Em 2017 estavam fazendo muitas obras
e tinha muito desvios. Agora a rodovia estava impecável. Os trâmites na aduana estava um pouco
complicado em função de pouca sinalização dos processos, mas o atendimento foi
muito cordial na imigração, nos dando as boas-vindas ao Equador. Na aduana,
quando estávamos fazendo o processo da entrada do “Bison”, o funcionário
recebeu ligação para dar um atendimento especial para os acidentados da torcida
de futebol do Time do Barcelona de Guayaquil. Nós passamos no local e vimos o
ônibus caído na ribanceira abaixo e os bombeiros e policiais guardando o local.
Bem, demorou um pouco o atendimento e chegou uns motociclistas do Brasil que iam
para o Peru e estavam com pressa. Olharam uns pacotes e pensaram que fosse
nosso e pediram para ser atendido primeiro. Como já estávamos sendo atendidos,
disse que por mim não teria problemas. Mas, o funcionário da aduana disse que
primeiro finalizaria o meu processo para depois fazer os deles. Ficaram um
pouco irritados pela demora, mas quando disse que as caixas não eram minhas se
tranquilizaram. Alertei a eles sobre as pedras que tinham no asfalto para tomarem
cuidado.
Tudo resolvido, seguimos para a
cidade de Machala e estacionamento no Centro Comercial La Piazza. Os seguranças
nos atenderam muito bem, inclusive indicando o local para ficar, e também
disseram que poderíamos ficar os dias que quiséssemos. Agradecemos, mas seria
somente uma noite. A noite foi muito tranquila, pois era domingo e os bares
fecham cedo. A noite estava muito quente e como não tínhamos mais combustível
para o gerador, a opção foi dormir com as janelas abertas na tela. Claro que tudo
isso em função de ter segurança 24 horas.
|
Laguna Colta |
Quando acordamos o calor já
estava pelas alturas novamente. Aqui é nível do mar e a temperatura sobe muito.
Depois das rotinas normais, agradecemos os vigilantes e seguimos em direção a
estação de serviço Primax para reabastecer o “Bison” e comprar gasolina para o
gerador. O combustível Diesel Premium custa $0,27 de dólar por litro. Muito
barato!!!! Outra coisa: há informativo do corpo de bombeiros em algumas cidades
que proíbe encher combustível em galão. Vamos continuar tentando pelo caminho.
|
Laguna Colta |
Seguimos pela E-25(Troncal de la
Costa) até a cidade de Virgem de Fátima e na rótula entramos a direita e
pegamos a E-40 até a cidade de El Triunfo. Dali alguns quilômetros pegamos na
bifurcação a esquerda para a E -487 passando pela cidade de Cumandá e de
Pallatanga. Subimos a 3.800 msnm chegando à cidade de Colta. Nesta cidade
chegamos perto do meio dia e a Valquiria começou a sentir novamente os sintomas
da altitude. Tem um parque muito bonito ao lado da Laguna de Colta, entramos e
estacionamos para passar a noite. Um lugar muito bem cuidado, com flores no
jardim, estacionamento pavimentado, lugar muito tranquilo e fazem passeios de
barco pela laguna. A noite, o portão é fechado e fica um vigilante até de
manhã. O local por ser bem tranquilo e bonito, resolvemos ficar mais um dia
para aclimatar com a altitude.
|
Laguna Colta |
|
Laguna Colta |
|
Laguna Colta |
Depois de dois dias, nesta
tranquilidade a Valquiria melhorou, seguimos pela E – 35 até a cidade de
Latacunga. Alguns poucos quilômetros adiante, pegamos a estrada toda
pavimentada para a entrada do Parque Nacional Cotopaxi. O local tem muito boa
estrutura, com fornecimento de água, além de restaurante e banheiro. Aqui
também fica a sede administrativa do parque. Nos receberam muito bem, dizendo
que podíamos ficar os dias que quiséssemos. A noite tem segurança, e o local é
muito tranquilo. Ficamos dois dias para aclimatação, pois vamos subir até 3.800
msnm onde ficam os campings e um pequeno centro de recepção. Tem um camping com
uma certa estrutura que é pago de nome Rinconada e outro sem estrutura de nome
Condor Huayco que é free. Depende dos serviços que necessita. Como não
precisamos de serviços optamos pelo camping free. Este ultimo camping fica numa
planície com vista para o Vulcão Cotopaxi e também para a Laguna Limpiopungo.
Nesta laguna tem um estacionamento somente para passar o dia até as 17:00 horas
e tem uma trilha em volta que mais ou menos 2.500 metros. Avista-se muitos
pássaros e também cavalos, veados e coelhos. Adoramos o lugar e fiquemos 3
noites. Fizemos muitas caminhadas e ajudei a dois carros que estavam com
problemas. Emprestei a minha sinta de rebocar a uma senhora que é guia e
disse-me que iria trazer no dia seguinte. Que nada! Pensei, fui fazer uma boa
ação e será que ia me passar a perna. Esperei até o final da tarde e fomos
dormir na entrada Caspi do PN Cotapaxi (Centro administrativo) e conversei com
os Guardas-parque e disseram que iam me ajudar.
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
No dia seguinte de manhã, fui até
a portaria e já me informaram que já sabiam quem era a Guia e que iriam contactá-la.
Bem, resumindo: conversaram com a chefe dos guias e ela fez com ela trouxeste
até mim a sinta. Deu uma desculpa, mas como ela ficou responsável em me trazer
não colou. Ainda bem que os guardas foram muito legais. Quase 24 horas em atraso
na devolução, me despedi de todos e pegamos a rodovia E- 35(Panamericana) até a
entrada do PN El Boliche. Lugar muito tranquilo, com vários quiosques, campo de
vôlei e futebol e também tem muitas espécies de animais. Na entrada do parque
tem a estação de trem. O trem vem de Quito trazendo turistas, todas
sextas-feiras, sábados e domingos, e retorna no mesmo dia. Viemos conhecer e aguardar o termino do
feriado para que as rodovias voltem ao normal.
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
PN Cotapaxi |
|
Vulcão Cotopaxi |
Acordamos muito bem, pois foi uma
noite em que só escutava o barulho da chuva.
Com o frio que estava, nem dava vontade de se levantar. Mantivemos a
nossa rotina e depois do café, tudo arrumado e seguimos pela E- 35 em direção a
Quito. As estradas estavam impecáveis, sem nenhum buraco. A gente não está acostumado
a isso. Após passar Quito, paramos num posto da Primax enchemos o tanque do
“Bison” e também água para a casa. Neste posto eles não aceitam notas de USD
100,00. Foi o primeiro que recusou. A sorte que a Valquiria tinha uma nota de
USD 20,00 que deu para completar o tanque. Como já frisei anteriormente, o
diesel é muito barato!
|
Laguna Yambo |
A estrada é uma verdadeira
montanha russa. Quando desce, desce
muito! Temos que ter o máximo cuidado para não esquentar os freios. E se desce muito, também sobe muito! O cuidado
é para não aquecer demasiado o veículo. Tudo com muita a tenção e cuidado.
Olha, não sei se foi a Odebrecht que fez, mas as obras são muito bem feitas.
Assim, foi passando o nosso dia e chegamos até a fronteira do Equador com a
Colômbia, conhecida como Rumichaca. Já era um pouco tarde e estava chovendo
muito, resolvemos não atravessar a fronteira e estacionamos ao lado da
Imigração do Equador, onde os taxis também tem o seu estacionamento. Aproveitei
para fazer o câmbio e também o SOAT (seguro contra terceiros na Colômbia).
Amanhã de manhã cedo faremos os
trâmites das duas fronteiras. Essa fronteira é muito movimentada. Bem, mais
isso conto no nosso próximo post.