quinta-feira, 30 de março de 2017

Expedição Brasil até ao Alaska - Diário do dia 15 a 21/03/2017

Diário do dia 15 a 21/03/2017
Deu tudo certo e parei na frente do Hotel em Cidade do Panamá. A Val ficou muito contente também em reencontrar o carro. Já estávamos cansados de hotel. Quando se acostuma com a casa sempre junto contigo, inclusive em supermercados, praça ou em qualquer passeio, quando fica sem, parece que a gente perde o chão. Quem está lendo e não vive esta situação, pode pensar que estou exagerando, mas realmente não.
Bem, MH na frente do hotel, temos que abrir para ventilar, dá uma pequena olhada para ver se tudo está certo e começar a desmontar a separação da cabine com a casa. Aliás, venho aqui registrar quem me deu essa ideia foi o Claudio Correa de Mato Grosso. É lógico que tive que adaptar, pois os nossos carros têm configurações diferentes, mas a ideia foi muito boa e deu certo. A noite rolou uma comemoração com vinho que estava no MH.
Realmente a Eclusa Miraflores no Pacífico (Canal do Panamá) impressiona e muito pela sua grandeza, engenharia, e também pela tranquilidade e precisão com que atravessa os navios. Esta é a última eclusa no Pacífico, ao todo são três: No Oceano Atlântico (mar de Caribe) Eclusa de Gatún, no centro a de Pedro Miguel e como já falei no Pacífico a Eclusa Miraflores, a qual visitei. Ficamos uma tarde observando a travessia dos navios até o fechamento do centro de visitantes as 17:00 horas. Depois, rumamos pela Pan-americana, mas estava em obras, quase não andamos. Foi chegando a noite, e verifiquei no App do celular o IOverlander e tinha próximo um posto da Terpel, muito bom, tudo novo, com restaurante e banheiros impecáveis para motoristas tomarem banho. Inclusive no banheiro tem muita música instrumental nas caixas de som. Músicas consagradas. Foi o primeiro banheiro que vi neste sistema. Você vai ao balcão do restaurante, diz que precisa tomar um banho e eles te dão um cartão que abre a porta do box para você utilizar. As duchas são com temporizador, mais podes apertar quantas vezes forem necessárias. A noite comprei gasolina 91 octanas (tem de 95 octanas também) e reabasteci o meu gerador. O valor era de USD$ 0,706 de dólar o litro. Muito barato, comparado ao nosso Brasil. E a gasolina é gasolina mesmo! Não são as porcarias que compramos, pagando um preço absurdo. Assim, quando a noite estava mais fresca e o carro também, lá pelas 23:00 horas, desliguei o gerador e ligamos o resfriar e assim passamos uma noite tranquila na nossa casa.
Acordamos e rumamos para a região de Punta Chame, onde tem muito Kite surf em função do vento. Aqui neste lugar as praias são muito longas e de água quente, mais com muita areia na água. Tem também agua viva, pelo menos tinha neste dia. Passamos uma noite na praia estacionado, muito legal. Aqui tem muito pé de caju, e aproveitamos para fazer suco e também uma batida, com o que restou da nossa cachaça. Eles aqui chamam o caju de maranhão. Amanhã vamos rumar para outro local.
Fomos em várias praias na região, mas parece tudo igual. Ainda não é a nossa praia, ou melhor uma praia que fosse de encher os olhos. Já era próximo do meio dia, passamos num Posto da Terpel para encher de agua o nosso reservatório (essa rede de postos nós estamos reabastecendo diesel e água o MH desde o Peru). Aqui tudo muito novo. Depois resolvemos fazer um desvio na Pan-americana por 28km no sentido ao El Valle De Antón. Fomos direto Hostal e Camping Windmill. Vimos os preços, não gostamos do valor, e achamos uma sombra na frente da rua, paramos e resolvemos fazer o nosso almoço. Quando começamos a almoçar veio uma senhora de uma pousada ao lado perguntando se iriamos demorar, pois estávamos tampando a placa da pousada. Nunca vi isto! Mas, disse-lhe que após o almoço iriamos sair. Nesse meio tempo chegou um maluco que estava num Jeep Wrangler e morava no Canadá, trabalhava nas minas de ouro e olhou o preço do camping e disse-me que também não ficaria.  O valor dava para tomar algumas cervejas. Disse também que não ficaria, pois não precisava de nada, tinha tudo, só necessitava de algum lugar tranquilo para ficar. Olhei novamente o IOverlander e fui até os Bombeiros. Conversei e nos deixaram ficar. A noite tinha festa da igreja e eles (Bombeiros) fizeram uma sopa e levaram para nós. Depois de provar a sopa, tipo crioula, que estava uma delícia, fui levar um vidro de conserva de ovos de codorna que trouxe do Brasil, como prova de agradecimento. A cidade é pequena, com muitas casas de gente muito rica, pois o tamanho e acabamento é incontestável, fica nas montanhas, literalmente dentro de uma cratera de vulcão a 680 msnm, com 6 km de diâmetro. O clima é muito gostoso, com muito verde e agua termal. Dizem na informação turística e em folders e até na internet que é a única cidade do mundo literalmente dentro de uma cratera de vulcão. Outra coisa: as aguas das montanhas descem por canaletas na rua e na frente dos bombeiros, colocaram telas nas duas extremidades da vala e tinha peixes, como num aquário. Muito bacana, prova que a agua é limpa.
Observei que aqui no Panamá os carros não têm a placa da frente. Fica um pouco estranho para mim, pois parece à primeira vista que todos os carros são zero. Aqui também tem outra coisa que me chamou a atenção. Importam carros usados dos EUA, inclusive batidos. Quando estava tirando o nosso MH do porto, conversei com um rapaz que mora no Panamá, mas é peruano e tem esse negócio. Tudo muito simples. Os batidos, arrumam e vendem. Mas esses batidos, são carrões, tipo Mustang, Camaro, etc.  
Eu não sei se já comentei, mas aqui a moeda é o dólar EUA. Só existe o nome da moeda do Panamá, mas a transação é só dólar. Isto por um lado nos facilita a vida, pois se não, é mais um câmbio.
Outra coisa importante é que os Postos de Combustíveis são todos autosserviços, ou seja, você mesmo reabastece o seu veículo.
Aqui em Vale de Antón tem muitas trilhas e resolvemos ir até ao mirador das cruzes. Estávamos saindo a pé e no centro perguntei a uma senhora sobre este mirador. Disse que tem um coletivo que cobra USD$ 0,50 por pessoa e passa bem perto. Disse que a subida é muito íngreme. Pensamos um pouco, caminhando, passou o coletivo, parou e embarcamos. É tudo asfaltado, mas muito estreita e como já falei antes, íngreme. Sobe 400 metros em pouco espaço. Acertamos ir de coletivo. A volta, viemos a pé. A vista é impressionante da cidade e da forma da cratera. Por outro lado, chega-se a ver o mar. Na volta quando chegamos nos bombeiros tinha mais visita. Um casal com dois cachorros grande, numa F250 americana puxando um enorme trailer. Ele suíço e ela Tcheca. Dois gigantes em torno de 2 metros. Compraram tudo na Califórnia e pensam em vender na América do Sul.
N amanhã seguinte, nos despedimos dos bombeiros, e rumamos para Playa Branca, Las Palmas e dormimos na praia de Las Lajas em frente ao mar. Com calor de 37ºC ligamos o nosso gerador para esfriar o carro e ter uma noite tranquila.
Eu gostaria de por um vídeo da eclusa trabalhando, mas o tamanho é muito grande. 
Amanhã pretendemos fazer a fronteira para a Costa Rica. Mas isso, segue no próximo post.




Cidade do Panamá

Cidade do Panamá

Eclusa Miraflores

Eclusa Miraflores

Eclusa Miraflores

Eclusa Miraflores

Eclusa Miraflores

Eclusa Miraflores

Eclusa Miraflores

Eclusa Miraflores

El Valle de Antón

El Valle de Antón

Punta Chame

Punta Chame

Punta Chame


quinta-feira, 16 de março de 2017

Expedição Brasil até ao Alaska - Diário do dia 02 a 15/03/2017

Diário do dia 02 a 15/03/2017
Depois da confusão, com o trânsito caótico, seguimos pela Pan-Americana que leva o número de 25 em direção a Ipiales pelas montanhas. Resolvemos tocar um pouco mais, pois não queríamos passar a noite muito próximo da fronteira. A noite começou a cair e na descida de um vale muito bonito onde tinha um Posto de Serviço ESSO, com um pátio enorme, e fui pedir a permissão para passar a noite. Nos deixou ficar, e assim passamos uma noite muito tranquila.
No dia seguinte fomos para a cidade de Pasto. Cidade está com mais de 400 mil habitantes, tem em sua volta o Vulcão Galera, onde na última erupção matou alguns cientistas que estavam fazendo estudo sobre este vulcão. Ir a Pasto foi por dois motivos: o primeiro comprar um chip da Claro para voltamos a estar conectados e começar a enviar o nosso diário; o segundo foi para visitar o Vulcão Galeras. Eu e a Valquíria lemos o livro, em que um cientista sobrevivente contou todo o episódio. Tentamos, mas depois desse fato, não é mais permitido visitar. Tentamos vê-lo por inteiro, mas o clima estava nublado e tiramos apenas fotos e não conseguimos ver a sua fumaça, pois continua em atividade. Tudo resolvido, voltamos a estrada depois de almoçarmos, um risoto que a Val tinha deixado quase pronto. Ficando somente para acrescentar o arroz. Isso tudo dentro do estacionamento, onde deixamos o nosso MH.
Passamos nesse trecho no ano de 2004 e aqui na Colômbia continua da mesma forma. O exército está presente nas montanhas, e nas cabeceiras de pontes que divide os vales, dentro de barricadas. A presença continua muito forme. Parando caminhões, motos e automóveis e revistando todos. Nos pararam apenas uma vez, até o momento, mostrei o documento da fronteira, o qual dava entrada do MH na Colômbia e mandou seguir.
Ontem tocamos até a cidade de Pereira. Aconteceu algo muito interessante. Já era anoitecer e estamos na rodovia 29 e começou um barulho estranho. Como se fosse correia do carro. Como havíamos descido muito a cordilheira pensamos que tinha acontecido algo com o carro. Paramos ao lado da rodovia, abri o capo do carro e o barulho não vinha do motor. Desliguei o carro e verifiquei que o barulho continuava. Logo, percebemos que a rodovia está coberta por árvores e o barulho era das cigarras. Susto passou, e dormimos num Posto de combustível.
Voltamos a subir a cordilheira, numa estrada cheia de curvas, caminhões enormes e ainda por cima em obras. O calor voltou neste trecho e mantinha o carro em giro não muito alto, de olho na temperatura e seguindo montanha acima, mantendo certa distância dos caminhões para ter um ritmo tranquilo. As paisagens são fantásticas em função da altura e das estradas. Seguimos por Medellín e foi até emocionante, pois os carros que passavam por nós, nos saudavam com buzinadas e acenos. Aqui em Medellín, já tínhamos visitado a cidade no ano de 2004 e na época estavam fazendo grandes mudanças, inclusive o teleférico para as favelas que depois o Rio de Janeiro levou a ideia também. Quando saímos do Brasil, ouvimos pela TV que estava parado por falta de pagamento.
Voltamos para a Pan-americana 25 no sentido de Cartagena. Voltamos a subir a 3500 msnm. Resolvemos dormir em frente a um restaurante no alto para aproveitar a última noite com temperatura abaixo de 20ºC até cruzarmos a América Central.
A descida foi longa, com muitas curvas, muitos caminhões, enfim tudo com muito cuidado para não esquentar os freios. A altura é impressionante, com muita água, cachoeiras e muita lavação para caminhões. Depois de voltarmos praticamente ao nível do mar, a temperatura chegou a 41ºC. Quando paramos para fazer o nosso almoço, tive que ligar o gerador para termos o ar condicionado e almoçarmos tranquilos. Continuamos na Pan-americana e dormimos numa Estação de Serviço próximo a cidade de Sho Gun. Esse pedaço da estrada até aqui, não está muito bom, pois tem alguns buracos na pista.
Temos uma coisa para reclamar da Colômbia!! Os pedágios são muito caros!!! Estamos gastando até o momento o mesmo valor de combustível em pedágios. Até agora os mais caros de todos os países que passamos. Além do mais, os trechos são muito curtos.
Vamos tocar até Sincelejo e fazer câmbio, pois o valor que trocamos já está indo no que comentei acima.
Dormimos em Sincelejo e tocamos até Cartagena. A estrada é de muita subida e descida até Cartagena. Uma coisa importante a saber é que as Estações de Serviços, conhecida por nós por Posto de Combustível, nesta região das montanhas, percebi somente nesta localização, não querem permitir no caso de MH passar a noite. Alguns deles tens estacionamentos (Parqueadores) cobram por isso, mais tens que dormir no hotel pertencente aos mesmo, citados acima. A maioria deles tem alojamentos. Bem no nosso caso, nem pensar. Seguimos adiante até conseguir um lugar para passar a noite, muitas vezes conversamos com pessoas de restaurantes e nos deixam estacionar.
Cartagena na parte antiga da cidade é belíssima, com muitas cores vivas. Muito teatro, música e entretenimentos. O pôr do sol é incrível, tendo ainda a sorte de ter a lua cheia. Ficamos nos primeiros dias num hotel/camping onde tinha estacionamento. As condições para ficar hospedado era muito simples e a visão de quem está estacionado não é era muito boa.
Contratamos os serviços aduaneiros de transbordo do carro com a Enlace Caribe, com os proprietários Luís Ernesto e Sonia. Muito prestativos. Os funcionários também, como o Sr, Francisco e a Srta. Carolina. Essa última teve um pequeno erro que me atrasou um dia em Panamá para retirar o carro. Mas os demais, foram impecáveis e paguei um preço justo para enviar o carro via Roll On Roll Off. (Para entender desta forma o MH vai dentro do navio). Muito mais tranquilo, igual aos carros novos que são exportados ou importados. Teria a opção de ir com contêiner flat rack (contêiner aberto), mas tem o risco de avaria e também tem a o fator altura do carro. Poderia ter feito pessoalmente, mas no meu caso, já vim preparado para pagar o preço, pois a burocracia é muito grande. Os documentos não são nem complicado, mas como se trabalha com pessoas, as vezes elas não tenham o desejo de fazer um trabalho onde o cliente saia satisfeito. Parece que o interesse é procrastinar. Falta boa vontade. Tivemos a sorte, pois logo que chegamos contatamos, e iria sair um navio no domingo dia 12/03/2017. Acertamos tudo, na quinta feira levamos o MH para o porto Bahia. Aí mudamos de hotel para outro com preço muito bom, mais novo e tinha até piscina, sem falar no excelente café da manhã. Muito bom atendimento e muito perto da cidade Histórica. Íamos tudo a pé. A empresa fez todos os trâmites e no sábado à tarde fomos fazer a inspeção da Narcótico. Ouvimos muitos relatos de pessoas que fizeram este mesmo trajeto que tiveram que tirar tudo do MH ou carro e pôr na pista. Quando chegamos para inspeção, o pessoal da agência não entra dentro do porto, perguntei como deveria fazer. O funcionário do porto disse que teríamos que tirar tudo de dentro. Pensei, não pode ser desta forma. Expliquei que era uma casa seria praticamente impossível fazer desta forma. Perguntei: Posso falar com o Policial para explicar o que é um MH? Disse que sim! Tinha um suíço comigo, mais eles são muito fechados e estava muito mais preocupado, pois o carro dele era um MH MANN. Até brinquei, pois, tinha espaço de botar o nosso MH dentro e pagaríamos menos. Bem brincadeira a parte fui conversar com o policial, com o nosso jeitão brasileiro: gostar de conversar, bom humor, paciência e muita sinceridade na proposta. Ele está atendendo a outro carro, depois de explicar tudo, solicitou que abrisse o carro para refrescar dentro e que iria a seguir. Chegou a minha vez, recepcionei ao entrar na minha casa, fui abrindo todas as portas, ele olhou, tirou fotos e nada mais. Viu que está tudo organizado, não precisei tirar nada do lugar. Olhou tudo e não foi feita nenhuma bagunça, já que a Val ficou no hotel, fui cheio de recomendação, mas deu tudo muito certo.
Tudo resolvido no porto, fomos atrás de passagem para o Panamá. Aí foi de penar. Não tinha voos. Então para ter emoção compramos passagem para Bogotá e pensamos que teríamos muitas possibilidades. Ledo engano. Não tinha muita opção...fomos a Viva Colômbia, empresa aérea. Na fila, como muita gente, mas a reclamação da empresa era muito grande. Coisa de cancelamento de voo e um atendimento muito mal. Em certo momento tinha preço muito bom! Chegou a um terço do valor da empresa Avianca. Tinha para somente dia 14/03. Ficamos muito preocupados e ouvindo as pessoas fila. Enfim, a empresa não inspira confiança, pois foi demonstrado nas reclamações fila, sem a mínima consideração... resolvemos não correr o risco. Voltamos para a Avianca e conseguimos o voo de segunda-feira à noite.
Chegamos na madrugada de terça-feira na cidade do Panamá. Fomos para o hotel que reservei via Booking.com pelo celular. No dia seguinte, fui seguir os trâmites que a Carolina da Enlace Caribe me passou. Aqui no Panamá é tudo em dólar. Então, contratei o taxi para o endereço e nada deu certo. Corremos até o meio dia. Quando percebemos que houve um erro da Carolina da Enlace Caribe. Ela confundiu os trâmites. Pelo horário já adiantado, não dava mais tempo para recomeçar. Deixamos para o dia seguinte. Fomos para um Shopping almoçar e esquecer o que deu errado. No Shopping, não achamos nada barato. Compramos em melhores condições no Brasil e sem ter que sofrer com as variações do dólar. Tratei o taxi para o dia seguinte as 07:30 horas no hotel para rumarmos para a cidade de Colón no Puerto Manzanillo. Quando chegamos ao porto, ao conversar com o guarda sobre os tramites, nos apresentou o Sr. Felix Niño (fone (507) - 68093224, agente que me cobrou USD$ 60,00 dólares para fazer todos os trâmites. Foi a melhor coisa que fiz. Conhece todos os caminhos. Se não fosse por ele e mesmo chegando cedo, não sairia até as 03:00 da tarde com o carro. A Dian (Aduana) trabalha até esse horário. Com o Sr. Júlio (507) 64340699 do Taxi que ficou o dia todo a disposição (paguei USD$ 120,00). Pois tem que fazer seguro na cidade de Colón que fica longe do porto. Pessoas de confiança e que agiram corretamente comigo. Foram muito justos com os preços e considero que muito satisfatório. Pensava que sairia mais. Quem está lendo pode pensar que paguei demais. Não tem como comparar com o Brasil. Aqui qualquer trajeto no mínimo é USD$ 10,00. O porto de Colón é muito longe 73 km. Sem contar que na volta o Júlio veio na frente, pois tem um problema na Autopista que não tenho (tipo passe livre) para passar nos Pedágios dessa rodovia. Não existe cobrador. Turista não pode dirigir neste trecho, então nos trouxe direto para o hotel.
Foi um dia de muita correria, mas também de muita felicidade de reencontrar a nossa casa. São momentos muito distintos. Quando deixamos ele no porto para embarcar: uma certa emoção de tristeza, vazio, não é muito confortável, vendo ele partir. O segundo momento quando recebemos, de alegria por ver a nossa casa de volta e pensar que podemos continuar a realizar o nosso sonho.
Eu não vou falar aqui abertamente sobre custo de embarque e retirada do carro no porto. Mas caso alguém tenha interesse posso repassar no e-mail particular.

Conto no próximo post sobre o Panamá.

Cartagena


Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Embarque Porto Bahía - Cartagena

Embarque Porto Bahía - Cartagena

Embarque Porto Bahía - Cartagena

Embarque Porto Bahía - Cartagena

Fronteira Equador/Colômbia

Fronteira Equador/Colômbia

Fronteira Rumichac 1ª. noite me Colômbia

Fronteira Rumichac até Pasto

Vulcão Galera

Fronteira Rumichac até Pasto

Fronteira Rumichac até Pasto

Fronteira Rumichac até Pasto

Fronteira Rumichac até Pasto

quarta-feira, 8 de março de 2017

Expedição Brasil até ao Alaska - Diário do dia 24/02 a 02/03/2017

Diário do dia 24/02 a 02/03/2017
O dia tinha sido insuportável pelo calor, marcando 41ºC e ainda mais, a areia do deserto e a paisagem que não mudava, somente o relevo.  Fomos ao Supermercado Plaza Vea na cidade de Sullana. É um grande supermercado, com banco, home centro, e restaurantes. Fui conversar com o segurança e me deu permissão para ficar ali. Bem, dormimos muito bem a noite no estacionamento do Supermercado e no dia seguinte, decidimos ir pelas montanhas, deixando temporariamente o litoral de lado. Queremos um pouco de frio!
Fomos por Macara (EC) e na saída do Peru, uma má vontade de um policial, só dedando no celular. Só informava que tínhamos que ir para outro guichê e nós dizendo que já tínhamos ido e ele não olhava para o documento. Tive que ser um pouco mais incisivo, aí olhou o documento que tínhamos dado entrada no Peru, deu carimbo, aí fomos para o seguinte para dar a saída. Perfeito! Simples, tirando a má vontade de uma pessoa, que não desmerece o simpático atendimento dos demais. Nós já tínhamos passado por essa fronteira em 2004/2005 e também foi uma das mais simples que passamos até então. Quando fomos dar entrada no Equador, complicou um pouco, pois estavam sem internet, e tinha somente uma moça para fazer, e não estava muito habituada com os documentos. Tivemos que ir até ao centro de Macara para dar sequência a entrada no MH no país. Depois de tirar foto do MH, escanear todo os documentos meus e do MH, recebi o documento de entrada do carro e tive que voltar até a fronteira para pegar um carimbo. Isso levou em torno de 2 horas. Se tivesse a conexão de internet no momento, levaria alguns minutos. Mais, tudo bem! O povo nos recebeu muito bem! Dali fomos atrás de um Guia de Informações Turísticas, Mapa, enfim nada! Restou-nos irmos ao setor de turismo na Prefeitura de Macara. Destaco que nos receberam muito bem, e deram alguns mapas e guias para que possamos ver o que tem de novo para visitar.
Dali fomos subir as montanhas, e tivemos depois de muito tempo, contato com a chuva e com o clima das montanhas, mais ameno. As chuvas nos dias anteriores tinham provocado bastante estragos nas estradas e tinha muita pedra na pista. Mas o asfalto está muito bom. A moeda no Equador é o dólar, enfim não tem os problemas de cambio. Tudo facilita. Fomos dormir na praça central da cidade de Catacocha ao lado da Igreja Matriz.
Reabastecemos o MH de Diesel e para a nossa surpresa o preço estava excelente: US$ 1,03 o galão. Que corresponde a R$ 0,88 centavos de real por litro de diesel. Notícia boa!!!
Aqui também é carnaval. Seguimos para a capital da província de nome LOJA (LORRA – em português) que é considerada a capital da música, com excelente teatro junto ao Parque Jipiro, sendo considerado o primeiro Parque Temático Multicultural da América do Sul, contendo 09 culturas Étnicas da Humanidade. Na cidade desfile de carnaval era manifestado por diversas comunidades e não tinha dança. Simplesmente desfile com música e algumas fantasias. No parque tinha shows de diversos cantores regionais. Outra coisa interessante: Eles jogam agua nas pessoas na rua e também espumas. Em qualquer pessoa na rua, independentemente da idade. E ninguém reclama! É CARNAVAL.
Quando estávamos no caminho para LOJA, paramos numa entrada de uma pequena vila, na E35 Pan-americana, para fazermos o nosso almoço e tinha um casal parado no seu carro e viram que era do Brasil e veio conversar. O jovem estava bebasso, e trouxe um copo de Rum para mim beber. Disse-lhe que estava dirigindo e não se pode beber quando se vai dirigir. Ele espantado, arregalou os olhos como se fosse algo absurdo que eu disse. Bem, o que deixou a entender era que beber e dirigir para ele era normal. Isso nos deixa um pouco mais preocupados, pois se tiver mais pessoas pensando como ele...enfim vamos redobrar os cuidados no trânsito, ainda mais no carnaval.
Seguimos a nossa rotina diária, e depois de tomarmos o nosso café da manhã, arrumamos o MH e seguimos com destino a Baños, próximo a Cuenca, ou seja, é praticamente em Cuenca.
Não sei se comentei anteriormente, mas para quem viaja de MH acho interessante como apoio o APP da IOVERLANDER, tanto para o sistema Android, como para Apple. Pois ali, consta os pontos de apoio no mundo todo, oficina, hotel, mercado, camping, etc. Outro interessante é o MapsMe, pois você baixa o país para onde vai, e depois não precisa de internet. Falo isso, porque os dois estão sendo de muita ajuda, pois o meu Garmin não está dando orientação de estrada no Equador, pelo menos até o momento. Deixo claro que está atualizado o mapa da América do Sul e também o da América do Norte. Pode ser que neste trajeto não tenha a cobertura do satélite, vou continuar utilizando, pois dá a distância, altura, velocidade e só não mostra a estrada e a direção.
Em Baños, todo Hostal tem agua termal e assim, você paga uma taxa e pode utilizar a piscina. Nós ficamos estacionados em um terreno do Sindicato dos Motoristas de Baños, como era carnaval, estava fechado o sindicato, e no local tem traves de um campo de futebol, que é usado pelos estudantes. Dormimos duas noites no local. A noite da chegada, e como já era tarde para os banhos nas piscinas termais, ficamos mais um dia. Íamos com o MH até o estacionamento do Hostal, pagamos a taxa de utilização da piscina que era de US$ 3,20(três dólares e vinte cents) por pessoa. E no final do dia íamos para o terreno do Sindicato. Aí me perguntas: Por que não ficaram no estacionamento do Hostal? Por uma diferença singela de US$ 16,80(dezesseis dólares e oitenta cents) por pessoa. Ou seja: US$ 33,60(trinta e três dólares e sessenta cents) para passar a noite o MH estacionado, sem direito a luz, água, etc.
De Baños seguimos para a cidade de Cuenca, muito bonita, organizada e o centro cheio de policiais. Enfim na parte histórica, posso dizer que muito segura. Como era feriado, os estacionamentos nas ruas estavam liberados. Como fomos bem cedo, encontramos um lugar ao lado da matriz. Ali deixamos o nosso MH e fomos conhecer a cidade. Almoçamos na cidade em um restaurante turístico, provamos os sorvetes artesanais e partimos pela E35, no sentido das montanhas. O clima para nós estava muito agradável, em torno de 11 ºC, e dentro do MH um pouco mais alto, mas confortável. O tempo continuava com chuva e neblina. Tocamos quase ao anoitecer e paramos em cima da serra num posto policial que tinha um pátio bem grande. Pedi a autorização para passar a noite, que me foi concedida com muita gentileza. À noite, uma sopa, um bom vinho e de sobra um filme de DVD para relaxar.
No dia seguinte, continuamos pela E35 e depois pela E28 e atravessamos Quito e dormimos num Posto de Combustível, (aqui se diz estação de serviço) na cidade de Ibarra.
Estamos saindo do Equador e não posso deixar de comentar a diferença que encontramos o país desde a nossa primeira visita no ano de 2004. O país mudou muito. E claro, para melhor. As rodovias são muito boas e foram feitas grandes obras nos acessos das principais cidades. Quero destacar também a educação, simpatia com que os equatorianos tratam os brasileiros. Quando olham atrás do nosso carro, e identificam que é do Brasil e que estamos indo para o Alaska, buzinam, fazem sinais de positivo, enfim cumprimentam todos nós. Outra coisa: as cidades são limpas, não se vê lixo na rua das cidades e também nas rodovias. Fazendo um comparativo, eu sei que são países diferentes, mas não posso também deixar de comentar sobre o Peru. Eu gosto muito do Peru, mas nesta parte do lixo, me decepcionei. Creio que retrocederam. Além do lixo nas cidades, ruas, deserto, observei os carros nas rodovias, pois sem a menor cerimônia, jogam garrafa, plástico, latinha de cerveja, etc. Uma tristeza. No Brasil também tem muitos lugares assim.
Bem, amanhã seguimos em direção a Tulcán para darmos a saída do Equador e Entrada na Colômbia.
Chegamos por volta de meio dia na fronteira do Equador. Muito confuso e tinha uma fila enorme. Demorou em torno de duas horas para fazer todos os trâmites. Demorou, mais o pessoal era todos muito cordiais.
Atravessamos a ponte e seguimos para a fronteira da Colômbia. Tinha uma fila. Mais estava bem organizado e o atendimento também cordial. A confusão estava no trânsito, pois o estacionamento era pequeno e também havia obras na rodovia e tinha fila dupla, enfim um sufoco. E para complicar era numa subida. Um carro atrás do outro. Quando parou de repente, fui sair e o carro voltou um pouco para traz e bateu no carro de que estava muito encostado. O nosso não estragou nada, ou melhor quebrou a tampa do engate de luz para o reboque. Desço do MH, e vejo que a camionete que estava atrás já estava amaçada e também com ferrugem. Olhamos pedimos desculpa um para o outro e seguimos. Um pequeno sufoco na saída do Equador e entrada na Colômbia.
Uma coisa importante para os viajantes de MH. Eles pedem o seguro SOAT, um seguro obrigatório nos como Chile, Peru, Equador e Colômbia. Não existe este tipo de seguro para MH. Somente para automóvel. Tentei fazer e não tem. Tem gente fazendo de automóvel para o MH, mas não tem valor em caso de acidente. Essa é uma dica. Quando os policiais me pedem, informo que não tem para MH (Casa Rodante) e mandam seguir.
Continuo no próximo Post falando sobre a nossa travessia na colômbia.



Fronteira Peru.Equador
Montanhas Equador
Palta - Equador
Saragusa
Venda de Porco
Loja
Cuenca
Cuenca
Saída Equador em Tulcan