Diário do dia 24/02 a 02/03/2017
O dia tinha sido insuportável pelo calor, marcando 41ºC e
ainda mais, a areia do deserto e a paisagem que não mudava, somente o relevo. Fomos ao Supermercado Plaza Vea na cidade de
Sullana. É um grande supermercado, com banco, home centro, e restaurantes. Fui
conversar com o segurança e me deu permissão para ficar ali. Bem, dormimos
muito bem a noite no estacionamento do Supermercado e no dia seguinte,
decidimos ir pelas montanhas, deixando temporariamente o litoral de lado.
Queremos um pouco de frio!
Fomos por Macara (EC) e na saída do Peru, uma má vontade de
um policial, só dedando no celular. Só informava que tínhamos que ir para outro
guichê e nós dizendo que já tínhamos ido e ele não olhava para o documento.
Tive que ser um pouco mais incisivo, aí olhou o documento que tínhamos dado
entrada no Peru, deu carimbo, aí fomos para o seguinte para dar a saída.
Perfeito! Simples, tirando a má vontade de uma pessoa, que não desmerece o
simpático atendimento dos demais. Nós já tínhamos passado por essa fronteira em
2004/2005 e também foi uma das mais simples que passamos até então. Quando
fomos dar entrada no Equador, complicou um pouco, pois estavam sem internet, e
tinha somente uma moça para fazer, e não estava muito habituada com os
documentos. Tivemos que ir até ao centro de Macara para dar sequência a entrada
no MH no país. Depois de tirar foto do MH, escanear todo os documentos meus e
do MH, recebi o documento de entrada do carro e tive que voltar até a fronteira
para pegar um carimbo. Isso levou em torno de 2 horas. Se tivesse a conexão de
internet no momento, levaria alguns minutos. Mais, tudo bem! O povo nos recebeu
muito bem! Dali fomos atrás de um Guia de Informações Turísticas, Mapa, enfim
nada! Restou-nos irmos ao setor de turismo na Prefeitura de Macara. Destaco que
nos receberam muito bem, e deram alguns mapas e guias para que possamos ver o
que tem de novo para visitar.
Dali fomos subir as montanhas, e tivemos depois de muito
tempo, contato com a chuva e com o clima das montanhas, mais ameno. As chuvas
nos dias anteriores tinham provocado bastante estragos nas estradas e tinha
muita pedra na pista. Mas o asfalto está muito bom. A moeda no Equador é o
dólar, enfim não tem os problemas de cambio. Tudo facilita. Fomos dormir na
praça central da cidade de Catacocha ao lado da Igreja Matriz.
Reabastecemos o MH de Diesel e para a nossa surpresa o preço
estava excelente: US$ 1,03 o galão. Que corresponde a R$ 0,88 centavos de real
por litro de diesel. Notícia boa!!!
Aqui também é carnaval. Seguimos para a capital da província
de nome LOJA (LORRA – em português) que é considerada a capital da música, com
excelente teatro junto ao Parque Jipiro, sendo considerado o primeiro Parque
Temático Multicultural da América do Sul, contendo 09 culturas Étnicas da
Humanidade. Na cidade desfile de carnaval era manifestado por diversas
comunidades e não tinha dança. Simplesmente desfile com música e algumas
fantasias. No parque tinha shows de diversos cantores regionais. Outra coisa
interessante: Eles jogam agua nas pessoas na rua e também espumas. Em qualquer
pessoa na rua, independentemente da idade. E ninguém reclama! É CARNAVAL.
Quando estávamos no caminho para LOJA, paramos numa entrada
de uma pequena vila, na E35 Pan-americana, para fazermos o nosso almoço e tinha
um casal parado no seu carro e viram que era do Brasil e veio conversar. O
jovem estava bebasso, e trouxe um copo de Rum para mim beber. Disse-lhe que estava
dirigindo e não se pode beber quando se vai dirigir. Ele espantado, arregalou
os olhos como se fosse algo absurdo que eu disse. Bem, o que deixou a entender
era que beber e dirigir para ele era normal. Isso nos deixa um pouco mais
preocupados, pois se tiver mais pessoas pensando como ele...enfim vamos
redobrar os cuidados no trânsito, ainda mais no carnaval.
Seguimos a nossa rotina diária, e depois de tomarmos o nosso
café da manhã, arrumamos o MH e seguimos com destino a Baños, próximo a Cuenca,
ou seja, é praticamente em Cuenca.
Não sei se comentei anteriormente, mas para quem viaja de MH
acho interessante como apoio o APP da IOVERLANDER, tanto para o sistema
Android, como para Apple. Pois ali, consta os pontos de apoio no mundo todo,
oficina, hotel, mercado, camping, etc. Outro interessante é o MapsMe, pois você
baixa o país para onde vai, e depois não precisa de internet. Falo isso, porque
os dois estão sendo de muita ajuda, pois o meu Garmin não está dando orientação
de estrada no Equador, pelo menos até o momento. Deixo claro que está
atualizado o mapa da América do Sul e também o da América do Norte. Pode ser
que neste trajeto não tenha a cobertura do satélite, vou continuar utilizando,
pois dá a distância, altura, velocidade e só não mostra a estrada e a direção.
Em Baños, todo Hostal tem agua termal e assim, você paga uma
taxa e pode utilizar a piscina. Nós ficamos estacionados em um terreno do
Sindicato dos Motoristas de Baños, como era carnaval, estava fechado o sindicato,
e no local tem traves de um campo de futebol, que é usado pelos estudantes.
Dormimos duas noites no local. A noite da chegada, e como já era tarde para os
banhos nas piscinas termais, ficamos mais um dia. Íamos com o MH até o
estacionamento do Hostal, pagamos a taxa de utilização da piscina que era de
US$ 3,20(três dólares e vinte cents) por pessoa. E no final do dia íamos para o
terreno do Sindicato. Aí me perguntas: Por que não ficaram no estacionamento do
Hostal? Por uma diferença singela de US$ 16,80(dezesseis dólares e oitenta
cents) por pessoa. Ou seja: US$ 33,60(trinta e três dólares e sessenta cents)
para passar a noite o MH estacionado, sem direito a luz, água, etc.
De Baños seguimos para a cidade de Cuenca, muito bonita,
organizada e o centro cheio de policiais. Enfim na parte histórica, posso dizer
que muito segura. Como era feriado, os estacionamentos nas ruas estavam
liberados. Como fomos bem cedo, encontramos um lugar ao lado da matriz. Ali
deixamos o nosso MH e fomos conhecer a cidade. Almoçamos na cidade em um
restaurante turístico, provamos os sorvetes artesanais e partimos pela E35, no
sentido das montanhas. O clima para nós estava muito agradável, em torno de 11
ºC, e dentro do MH um pouco mais alto, mas confortável. O tempo continuava com
chuva e neblina. Tocamos quase ao anoitecer e paramos em cima da serra num
posto policial que tinha um pátio bem grande. Pedi a autorização para passar a
noite, que me foi concedida com muita gentileza. À noite, uma sopa, um bom
vinho e de sobra um filme de DVD para relaxar.
No dia seguinte, continuamos pela E35 e depois pela E28 e
atravessamos Quito e dormimos num Posto de Combustível, (aqui se diz estação de
serviço) na cidade de Ibarra.
Estamos saindo do Equador e não posso deixar de comentar a
diferença que encontramos o país desde a nossa primeira visita no ano de 2004.
O país mudou muito. E claro, para melhor. As rodovias são muito boas e foram
feitas grandes obras nos acessos das principais cidades. Quero destacar também
a educação, simpatia com que os equatorianos tratam os brasileiros. Quando
olham atrás do nosso carro, e identificam que é do Brasil e que estamos indo
para o Alaska, buzinam, fazem sinais de positivo, enfim cumprimentam todos nós.
Outra coisa: as cidades são limpas, não se vê lixo na rua das cidades e também
nas rodovias. Fazendo um comparativo, eu sei que são países diferentes, mas não
posso também deixar de comentar sobre o Peru. Eu gosto muito do Peru, mas nesta
parte do lixo, me decepcionei. Creio que retrocederam. Além do lixo nas
cidades, ruas, deserto, observei os carros nas rodovias, pois sem a menor cerimônia,
jogam garrafa, plástico, latinha de cerveja, etc. Uma tristeza. No Brasil
também tem muitos lugares assim.
Bem, amanhã seguimos em direção a Tulcán para darmos a saída
do Equador e Entrada na Colômbia.
Chegamos por volta de meio dia na fronteira do Equador.
Muito confuso e tinha uma fila enorme. Demorou em torno de duas horas para
fazer todos os trâmites. Demorou, mais o pessoal era todos muito cordiais.
Atravessamos a ponte e seguimos para a fronteira da
Colômbia. Tinha uma fila. Mais estava bem organizado e o atendimento também
cordial. A confusão estava no trânsito, pois o estacionamento era pequeno e
também havia obras na rodovia e tinha fila dupla, enfim um sufoco. E para
complicar era numa subida. Um carro atrás do outro. Quando parou de repente,
fui sair e o carro voltou um pouco para traz e bateu no carro de que estava
muito encostado. O nosso não estragou nada, ou melhor quebrou a tampa do engate
de luz para o reboque. Desço do MH, e vejo que a camionete que estava atrás já
estava amaçada e também com ferrugem. Olhamos pedimos desculpa um para o outro
e seguimos. Um pequeno sufoco na saída do Equador e entrada na Colômbia.
Uma coisa importante para os viajantes de MH. Eles pedem o
seguro SOAT, um seguro obrigatório nos como Chile, Peru, Equador e Colômbia.
Não existe este tipo de seguro para MH. Somente para automóvel. Tentei fazer e
não tem. Tem gente fazendo de automóvel para o MH, mas não tem valor em caso de
acidente. Essa é uma dica. Quando os policiais me pedem, informo que não tem
para MH (Casa Rodante) e mandam seguir.
Continuo no próximo Post falando sobre a nossa travessia na
colômbia.
Olá. Encontrei o blog de vocês através do site da Santo Inácio. Confesso que esta espetacular viagem é um dos meus grandes sonhos de vida. Estou ansioso para ler as próximas postagens. Desejo toda a sorte do mundo e que vocês façam Ótima Viagem. Que Deus vos acompanhe.
ResponderExcluirAlá Raul e Valquiria, agora falta pouco para entrar em terras desconhecidas.
ResponderExcluirUm grande abraço, Chiquinho e Débora.
Estou gostando muito de suas postagens, genial as fotos.
ResponderExcluirAbraços