segunda-feira, 31 de maio de 2021

Expedição Brasil até ao Alaska/Ushuaia - 2020/2021 - Diário dos dias 13 a 27/04/2021

 60 – Diário dos dias 13 a 27/04/2021

Depois de alguns dias muito tranquilos e curtindo mais um Pueblo Mágico, fomos reabastecer o “Bison” de gás para casa e aproveitamos para completar de água também. Na sequência, seguimos pela rodovia JAL.416, muito sinuosa até a cidade de Valle de Juárez. Circulamos pela cidade e fomos estacionar no Malecón as margens da represa Ing. Vicente Villaseñor. Lugar com muito movimento até as 23:00 horas. Inclusive de veículos, pois fica as margens da rodovia livramento da cidade. Mas foi uma noite muito bacana em função da vista do lago.





De manhã, após o nosso café da manhã, seguimos pela mesma rodovia JAL.416, até a cidade de Quitupano. A pista era muito esburacada, por isso tivemos que manter a velocidade baixa.  Passamos por vales com muitas plantações de manga, abacate, zarzamora e também muito gado leiteiro.

Quando chegamos a pequena cidade de Lázaro Cárdenas (no México tem muitas cidades com esse nome), pensávamos que a estrada melhoraria, mas ledo engano. Piorou e muito! E em muitos locais nem mais asfalto tinha. Fomos tocando muito devagar, subindo montanha com muitas curvas fechadas e numa temperatura acima de 36ºC. Chegando à cidade de Cotija, sem placa indicativa tivemos que mudar a direção e descemos um morro e no final não tínhamos com fazer a curva. Cheguei numa empresa de lacticínios e expliquei a situação para dois jovens que se dispuseram a me ajudar a voltar de ré. Com muito cuidado para não bater no telhado das casas chegamos a um pequeno aterro que com várias manobras consegui fazer a volta. Eles continuaram nos acompanhando até a uma rua que desse para atravessar a cidade. Foram momentos de muita tensão. Mas deu tudo certo, sem nenhum arranhão e depois de atravessar a cidade encontramos uma sombra e paramos para fazer o almoço. Liguei o gerador e botamos o ar condicionado para funcionar.

Depois de almoçarmos seguimos pela Mich.42, muito ruim também. Encontramos pessoal fazendo medições, creio que devam asfaltar novamente. Essa rodovia é muito importante para o escoamento da produção agrícola. E assim, passamos pelas cidades de Tocumbo, Santa Clara e Los Reyes de Salgado. Los Reys entramos a esquerda na Mich.16, passando pelas vilas de Peribán, Nuevo Zirosto, Zacán e finalmente o nosso destino Angahuán. Nesta última, encontra-se o Centro de Visitantes para a cidade destruída (Paracutín) e tem o vulcão com o mesmo nome. Aqui tem um estacionamento e cabanas para alugar, banheiros, camping, mas sem energia e água. Daqui se faz uma bela caminhada pela floresta até a Igreja de San Juan Parangaricutiro. Esta igreja em função da erupção do vulcão ocorrida em 1948, destruiu toda cidade, e por milagre não morreu nenhum dos seus 4000 habitantes. Restando somente a estrutura do altar da antiga igreja. A cidade de Angahuán, conserva as suas características arquitetônicas de um Pueblo Mágico, falam a sua língua Tarascana “Purépecha” e a maioria das mulheres vestem roupas típicas coloridas.





















De manhã, depois da nossa rotina diária cumprida, arrumamos a mochila e saímos para fazer a trilha até as lavas do vulcão Paracutín e o que sobrou da igreja.  Foi uma caminhada muito boa, no meio de pinheiros, com caminhos com pedras e poeira. Foram no total 6 km, numa altura de 2.348 msnm. As imagens são impressionantes da devastação das lavas do vulcão. Hoje é considerado pelos nativos um lugar sagrado.

Encontramos na trilha um casal de Húngaros de nome Marc e Beata. Ele trabalhou com handebol e visitou o Brasil nos jogos olímpicos e também as cidades de Florianópolis e Blumenau onde mora uma das melhores jogadoras do mundo, a Eduarda Amorim. Trabalhou com 7 jogadoras brasileiras em um time na Hungria. Ele fala um bom português. Foi um momento de descontração e depois cada um seguiu a sua trilha.

Depois de dois dias, seguimos pela mesma rodovia até o encontro com a Mex.37 e entramos nela até a cidade de Uruapan. Depois seguimos pela Mex.14D até a cidade de Pátzcuaro. Voltamos para a linda cidade e ficamos no mesmo camping. Aqui aproveitamos para por a casa em dia e também as atualizações do Facebook e Blog. O lugar é muito agradável e na primavera tudo estava florido. Foi uma semana muito boa.



No dia 24, continuamos pela Mex.14D e fomos em direção a cidade de Morélia e dali entramos na Mex.126 passando pelas cidades de Charo, Indararapeo, Queréndaro até Valle de Juárez (Essa é outra cidade com o nome de que já passamos no estado de Jalisco), e dali entramos a direita para o Parque Natural Los Azufres. A estrada é muito bonita, com muitas curvas, subimos a quase 3.000 msnm e passamos pelo Balneário Laguna Larga e Rancho Viejo que estavam com muita gente acampada. Seguimos até a Cabanas, camping e Balneário Eréndira. Este tinha pouca gente e estavam respeitando o limite de 30% da capacidade. O lugar é muito tranquilo, num vale entre pinheiros e as piscinas são bem quentes. Ficamos por três dias aproveitando as termas e conversando com algumas pessoas mantendo a distância sanitária nas piscinas.




No dia 27/04 no período da tarde seguimos pela mesma rodovia dentro do parque até a cidade de Huajumbaro, e alguns km à frente entramos a esquerda na Mex.15 libre. Seguimos na mesma passando pelo contorno da Ciudad de Hidalgo, Zitacuaro e na sequencia entramos na Mex.15D até ao entroncamento com a Mex.374. Entramos nela até a cidade de Valle de Bravo, cidade esta, entorno do lago artificial do mesmo nome. Lugar muito procurado pelos moradores da cidade do México nos finais de semana em função dos esportes náuticos. Lugar muito agradável e tranquilo. Mas isso eu conto no nosso próximo post. Continuem com a Gente!!!