sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

360 Graus América do Sul - Equador

Saímos da Colômbia pela cidade de Ipiales e rumamos para a cidade de Otavalo no Equador, situada a 2500 acima do nível do mar. Esta cidade está numa região em que seus habitantes preservam a sua cultura indígena, sendo que muitos falam o idioma Kichwa que no Peru e Bolívia chamam de Quéchua(dizem que são muito parecidos). 
Em Otavalo ocorre a maior feira de artesanato da América do Sul. A cidade está distante da capital Quito a 100 km, no sentido norte, numa região de beleza única, num vale rodeado pelos vulcões Cotacachi, Imbabura e Mojanda, e ainda por cima, contendo o Lago San Pablo, um dos maiores e mais bonitos do país. Os povos Kichwas e Cayambi celebram quatro grandes festas durante o ano. Elas coincidem sempre com o solstício e equinócio. Estas festas estão estreitamente relacionadas com os ciclos agrícolas. As festividades se iniciam em setembro com o Koya Raymi, com o ritual da lua e da terra como elementos de fecundidade. No solstício de inverno festejam o Capac Rayami. No mês de março, durante o equinócio da primavera celebram o Pawkar Rayami devido a floração do milho e de outros elementos cultivados. Em junho, celebram o Inti Rayami como uma amostra de agradecimento a mãe terra e ao sol pelo amadurecimento dos frutos. Esta última é a mais extensa e pode demorar várias semanas, juntando com outras festas menores da região. 
Seguimos a Panamericana e subimos para 2800 metros acima do nível do mar até Quito, onde ficamos na parte antiga da cidade, tombada pelo Patrimônio Histórico da Humanidade. Encontramos o Sr. Luiz Ramires, recém formado na faculdade de Turismo que se prontificou a mostrar a todos os pontos histórico da cidade e ainda  nos acompanhou até a cidade da metade do mundo. Muito interessante, pois repetimos o mesmo gesto feito na cidade de Macapá no monumento da metade do mundo, onde ficamos com um pé em cada hemisfério.
Depois seguirmos para a cidade de Baños, tem esse nome em função das suas águas termais aquecidas pelos vulcões da região, sendo o mais conhecido o Vulcão Tungurahua, que no idioma Kichwa quer dizer "Pequeno Inferno". Essa cidade é lugar ideal para descansar, com muitos hoteis e também muitos passeios.
De Baños seguimos para Cuenca e Alausí onde fomos fazer o passeio de trem com destino a Riobamba na conhecida montanha Nariz del Diablo. Esse passeio, não é um passeio comum, é um passeio em que os passageiros vão em cima do trem. Muito legal, e interessantíssimo, cheio de turistas do mundo todo para fazer esse passeio. Foi muito difícil encontrarmos lugar e também tinha a dificuldade para tirar as fotos devido ao balanço do trem, e também toda hora levantava um turista, mais a paisagem e a forma com que o trem desce a montanha vale muita a pena ver. Aqui a gente viaja também pela conhecida rodovia chamada avenida dos vulcões, cercada de vulcões por todos os lados...o visual também vale a pena. Tocamos a viagem até a belíssima Guayaquil e depois para Porto Cayo e seguimos pelo litoral até Machala e saindo do Equador por Huaquillas.
O próximo Post será sobre o Perú.

Baños

Baños

Baños


Campesino

Cuenca

Saída Equador

Litoral do Equador

Peque parte da feira Otavalo

Equatoriana Típica em Otavalo

Passeio em Otavalo

Lago San Pablo

Arredores de Otavalo

Quito

Quito

Quito

Quito

Linha Equador

Trem Nariz del Diablo

Trem Nariz del Diablo

Trem Nariz del Diablo

Trem Nariz del Diablo

Trem Nariz del Diablo

sábado, 17 de dezembro de 2016

360 Graus América do Sul - Colômbia

Chegou o momento de escrever sobre a Colômbia. Tivemos muito bons momentos, na nossa passagem por este país no ano de 2004, que muitas pessoas falavam o quanto era perigoso, realmente assustavam, mas o que vimos foram,  lugares fantásticos e a receptividade incomparável. Olha que percorremos todos os cantos da Colômbia, e temos muitas histórias para contar, mas vou tentar resumir.
Quando estávamos saindo de San Antonio de Tachira na Venezuela, informaram que tínhamos que ir até ao centro cívico da cidade para dar a baixa no passaporte. Ali também informaram que tínhamos que pagar o valor de Bs.24.700(bolivarianos) por pessoa para sair do país. Quando voltamos para o carro, tínhamos deixado o aquecedor de água ligado fora da garrafa térmica. quando abrimos a porta do carro a fumaça tinha tomado conta, pois entrou mais oxigênio. Foi um susto muito grande, pegamos o extintor e apagamos um principio de incêndio. Um descuido que quase botou o nosso sonho a perder. Por muito pouco o  sonho quase acabou. Bem esse fato foi a nossa saída da Venezuela e entramos na Colômbia por Cúcuta.
Depois rumamos para Pamplona, cidade nas montanhas e Universitária, portanto tendo a sua população composta por muitos estudantes de várias partes do país.
Um fato interessante foi quando estávamos chegando a Bucaramanga, estrada muito sinuosa e nas montanhas, com belas vistas, muitas plantações, cidade com mais de 1 milhão de habitantes. Na avenida principal da cidade, encostou um carro, com  quatro pessoas dentro,  já duma certa idade, e começaram a fazer pergunta sobre a expedição. Certo momento o sinal fechou e percebi que não tinha espaço para três carros na pista. Logo tentei livra o máximo o nosso carro jogando para esquerda, mas o pessoa não se deu conta e continuou fazendo pergunta, ai de repente começou a bater na lateral dos carros estacionado, e nem assim parou. Continuou e furou o sinal e seguiram em frente. Bela recepção!!! Ainda bem que conosco nada aconteceu.
Continuando fomos para a cidade histórica de Cartagena, muito bonita, principalmente a cidade histórica que é toda cercada por muralhas para protege-las das invasões dos piratas no passado.  Aqui se respira história e por falar nisso, segue alguns dados: Fundada em 20/01/1533 por Pedro Herédia. Cartagena das Índias, como é conhecida, desempenhou um a função crucial como centro de mercadorias e escravos, porto de embarque dos tesouros da Coroa espanhola. Sofreu vários assédios de piratas, o que determinou a sua arquitetura militar, caracterizada por grossas muralhas, fortes e baluartes. Foi uma das primeiras cidades a declarar a sua independência e defendeu a sua liberdade com muito vigor o que lhe deu o título de "A Heroica". Outra coisa que aconteceu quando fomos a Santa Marta, no centro da cidade, na avenida principal, olhamos numa distância de + ou - 300 metros uma grande multidão no meio da rua. Achei estranho, parei o carro, e aí percebi que a multidão começou a correr em nossa direção. Não deu outra, fiz a volta rápido no carro e me mandei, sem entender o que aconteceu.
Depois de passearmos bastante, rumamos para Medellin e ao chegar no centro solicitamos informação de um policial sobre hotéis, não deu outra, pegou a sua moto e nos levou a vários hotéis, confirmando a educação e cordialidade para com os turistas.
Medellin é uma cidade muito limpa, na época em torno de 2 milhões de habitantes, considerada a cidade científica, pois tem mais de 11 centros de educação superior, com mais de 100 mil estudantes. Conhecida também como a cidade das esculturas, pois sempre que abre novos empreendimentos  são feitas as esculturas para alegrar os ambientes. A cidade era muito perigosa em função do narcotráfico capitaneado pelo Pablo Escobar. Um exemplo de mudança de perfil de cidade, pois modernizou, criou duas linhas de metro e ligando a um teleférico ao bairro(favela) de San domingo Sávio. Foi daí que o Rio de Janeiro copiou a ideia do teleférico para a favela. Também tem na praça  o Parque de Los Pies Descalzos, onde as pessoas utilizam as águas nos pés como forma de relaxante e energizante, tendo ainda uma jardim oriental no local. Na verdade um SPA aberto ao publico. Neste mesmo local existe um espaço interativo de aprendizagem sobre os serviços públicos, como: água, energia e telecomunicação. Na cidade tem ainda dos indígenas, o Parque de Los Deseos, onde tem um planetário com vários relógios de sol, onde mostram com grande interesse como controlavam o tempo para fazer as lidas da agricultura. Não posso deixar de registrar a gastronomia típica da região, chamada de bandeja Paisa, consiste de feijão, arroz, banana verde frita(quase dois palmos de comprimento), carne de porco, carne moída, ovo frito e um pedaço de abacate. Semelhante ao PF do Brasil, uma delícia!!!
Saímos de Medellin numa altitude de 1.500  para Bogotá com altitude de 2.600 de altitude. Viagem muito linda, com muitas curvas, um sobe e desce constante na Cordilheira dos Andes, passando por muitos vales, montanhas, regiões de pecuária, com muitas flores. A cada lugar que percorremos vimos uma topografia diferente. Mas, constante é o tratamento cordial do povo colombiano.
Ao chegarmos em Bogotá, fomos até a Polícia Turística pedir informações sobre local para ficar, camping, hotel, etc. A atendimento foi excelente, nos levaram a vários hotéis e nos convidaram para o dia seguinte a inauguração da ciclovia de Bogotá. O Ônibus da polícia pegaria os turistas nos hotéis e levariam até o inicio para percorrermos todo o trajeto. Nos deram camiseta, bicicleta e toda a estrutura. Assim seguimos o passeio, e a cada local importante nos passavam as informações até o final. No final num local amplo, fomos recepcionados com a banda da polícia tocando musicas caribenhas e todo mudo dançou ou pelo menos tentou!!!
Fomos a Zipaquirá, cidade onde está construída a igreja de sal. Quando vimos era dentro de uma mina. Lugar fantástico. Aqui estão as maiores reservas de sal da Colômbia. Entramos na mina ainda em atividade, muitas galerias, via cruzes tudo, lindo e descemos por mais de 180 metros. Os efeitos das luzes, acústica, nos levaram a um estado de pura paz.
Visitamos a Villa de Leiva, lugar agradabilíssimo nas montanhas, depois Cali, Ipiales e seguimos para o Equador.


Bogotá

Cachoeira estrada para Cali

Bogotá

Bogotá

Bogotá

Bogotá

Bogotá

Bogotá

Bogotá

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Cartagena

Medellin

Medellin

Medellin

Medellin



Catedral de Tunja

Villa de Leiva

Villa de Leiva

Villa de Leiva

Villa de Leiva

Villa de Leiva

Villa de Leiva

Villa de Leiva

Villa de Leiva

Vulcão de Totumo

Catedral de Sal (Mina)

Catedral de Sal