51 – Diário do dia 18/09 a 05/10/2020
Chegamos a Huasca, também considerada
“Pueblito Magico”, inclusive como sendo a primeira, e fomos até ao centro
histórico e estacionamos ao lado da igreja. Depois, fui conversar com dois
guardas municipais, sobre se podia passar a noite no local. Disse que iria
falar com os superiores e que mais tarde daria o retorno. O local é muito
tranquilo, com vários passeios a se fazer dentro do município, muitos
restaurantes de comidas típicas, e povo simples e muitos turistas também.
Passeamos por toda a cidade, e depois
fomos fazer o nosso almoço. Mais tarde os guardas nos avisaram que podíamos
estacionar e que eles fariam o patrulhamento da noite. Como ele colecionava
moeda, perguntou se tínhamos alguma do Brasil. Dissemos que sim e mais tarde
daríamos pra ele. Voltamos a circular e fomos na informação turística e nos
deram alguns folders sobre o que fazer e os locais que estão aberto. Fui ao
banco Azteca para fazer câmbio, pois já estava ficando sem pesos. Compramos no
comercio local frutas e também pão. Mais
tarde começou a chover e ficamos aguardando a chuva passar no “Bison”
aproveitando o tempo para pôr as leituras em dia. A noite saímos para passear
pela cidade.
Voltou a chover a noite toda e de
manhã, acalmou e quando estávamos fazendo o nosso café da manhã o guarda estava
indo embora e eu o chamei para dar as moedas. Ficou muito contente e disse que
já morou na cidade de Toronto no Canadá, com visto de turista e teve que voltar
para o México. Disse que tinha várias moedas, mas do Brasil ainda não, e que
iria guardar com muito carinho.
Seguimos em direção a San Miguel Regla
que tem a fazenda histórica, mas estava fechada. Assim, seguimos para os Primas
Basálticos, umas das 13ª maravilhas do México. Foi descoberto no ano de 1803
pelo Baron Alexander Von Humboldt. Lugar com boa estrutura de restaurantes,
camping, tirolesas, passeios na represa, trilhas, aluguel de cabanas, mas sem
estrutura para motorhome. Assim, dormimos duas noites no estacionamento na
frente dos portões. Apesar da chuva, foi muito bacana passear por este lugar.
Voltamos para estrada, o dia estava
lindo, e pegamos a Mex.105 em direção ao Parque Nacional El Chico. Resolvemos
passar pelo parque e seguir até o “Pueblito Magico” Mineral del Chico. A cidade
é bem pequena, mas linda, e como era domingo, estava cheia de turistas. Muito
difícil para estacionar. O Guarda Municipal nos ajudou em conseguir um lugar e
assim passamos uma tarde maravilhosa. Quase no fim da tarde, seguimos para o
Acampamento Cedros, pertencente ao Parque Nacional El Chico, e estacionamos na
entrada. Dentro tem cabanas para alugar e para acampar de barraca, mas para nós
não tinha estrutura nem para estacionar dentro. Assim dentro do estacionamento
passamos uma noite maravilhosa. Como o local não tem energia elétrica, somente
por placa solar para a cabine do Guarda, estava totalmente escuro.
Acordamos com um dia ensolarado e
saímos para fazer as trilhas dentro do parque. Foram horas muito agradáveis,
com um silencio que dava para escutar os sons dos pássaros e respirar um ar
puro.
Ficamos dois dias no parque, e na
manhã do terceiro dia seguimos em direção a Pachuca para fazermos compras no
Walmart. Depois das compras fizemos o nosso almoço, descansamos e seguimos pela
Mex.85 até a cidade de Ixmiquilpan e dali entramos na rodovia Libramiento al
Cardonal, passamos pela pequena cidade de San Cristóbol, onde tem o único posto
de abastecimento Pemex e dali até as Grutas de Tolantongo. Dormimos no alto,
depois de fazer o protocolo covid-19 no grande estacionamento onde ficam os
ônibus. Tem um belo pôr do sol com vista para os cânions. Noite tranquila e de
manhã começamos a descer ziguezagueando a montanha até o estacionamento do
empreendimento Hotel Paraiso. As estruturas são enormes. Não deu para descer
até a área de camping perto do rio, pois tinha chovido muito nos últimos dias e
a estrada estava terrível. Assim ficamos perto das chamadas “Pocitas”, piscinas
rusticas construídas na encosta da montanha. A água descia direto para as
piscinas, renovando constantemente e mantendo sempre quente a água. Maravilhoso
o lugar. Imperdível!!! No dia seguinte de manhã fomos fazer uma caminhada
descendo até o rio e costeando até a gruta e o túnel. Lindo de mais, ver o rio com
a coloração azul e água quente para banhar-se. Foram dias maravilhosos e
optamos em sair nesta sexta-feira 25/09/2020, pois sábado e domingo fica cheio
demais. No início da noite, ainda claro
resolvemos subir a montanha e dormir no estacionamento em cima.
Sábado de manhã, enquanto estávamos
tomando o nosso café da manhã, começou a chegar os ônibus lotados. Interessante
que são famílias e que na sua maioria vem para acampar. Você pode alugar as
barracas, eles montam, e tens que trazer somente a roupa de cama e comidas para
fazer, se não quiseres utilizar alguns dos inúmeros restaurantes no local.
Voltamos até a cidade de Ixmiquilpan,
e entramos na Mex.45 até a cidade de Huichapan e entramos na rodovia Hgo.30
passando pelas pequenas cidades de Bondojito, San Joaquín. Saímos do estado de
Hidalgo e entramos no estado de Querétaro pela rodovia Qro.200 até o “Pueblito
Mágico” Tequisquiapan, passando pelo circuito das águas. Tequisquiapan é a
cidade do queijo e vinho do México. A cidade é bem arborizada e tem um conjunto
histórico muito bonito também. Ela é muito visitada por turistas. Vamos ficar
circulando por aqui até segunda-feira dia 28/09/2020, pois preciso ir ao banco
fazer cambio.
Depois de um final de semana com a
cidade cheia de turistas, volta ao normal na segunda-feira. Muito tranquilo
para circular e sobra espaço nos estacionamentos. Gostamos muito da cidade e
resolvemos ficar mais um dia. No domingo, enquanto estávamos estacionados na
rua onde passamos as noites, em frente ao um hotel, estacionou um carro da
mesma cor de outro ao lado, uma mulher com uma chave de fenda, abriu o bagageiro
e roubou uma mochila. Ninguém viu nada,
somente quando o dono do carro chegou, verificou que faltava a sua mochila e o
carro arrombado, foram olhar as câmeras e viram como foi feito o roubo. A polícia
chegou ao local e passaram os dados do veículo e da mulher. Por isso, não
deixamos o nosso “Bison” na rua para passear, sempre em estacionamento, mas
para dormir dormimos na rua e nunca tivemos problemas. Mas isso não acontece só
no México. Já vimos em San Francisco (EUA) e em outros países acontece e muito.
Saímos de Tequisquiapan, conhecida
como Tequis ou TX, pela Mex.120 em direção a cidade de Ezequiel Montes. Poucos
quilômetros adiante entramos a esquerda para a cidade de Benal, também outro
“Pueblo Mágico” e procuramos um estacionamento para passar o dia e a noite.
Percorremos alguns e encontramos no Hotel Trejal que tem o serviço de
estacionamento. Está localizado bem próximo a Peña de Bernal. Peña de Bernal é
o terceiro mais alto monolito do mundo. O primeiro é o de Gibraltar, um pequeno
território britânico na costa da Espanha. O segundo é o do Rio de Janeiro e o
terceiro e este do México. Conhecemos os três.
A cidade é bem pequena, mas com suas construções antigas e muito bem
conservadas. Tem vários restaurantes,
padarias, bares e muitos hotéis. Depois de circular de dia, voltamos para o
estacionamento para jantar e descansar, pois no dia seguinte vamos subir até
onde é possível com segurança a Peña de Bernal.
Acordamos com um dia maravilhoso de
sol, sem nuvens, céu de brigadeiro. Tomamos o nosso café da manhã, botamos um
calçado adequado, água e começamos a subir. Depois de alguns degraus tem uma
portaria, onde se faz o registro. Ouve as explicações, e utiliza o gel. O bom é
que idoso não paga (coisa boa! rsrsrs) e começamos a subir o caminho. Não é
difícil, mas tem que ter um preparo físico bom e ter o cuidado de não
escorregar nas pedras. Chega-se até um lugar chamado ponte amarela, onde está o
limite de segurança. Quem quiser seguir, pode, mas avisam que tem muito risco
pelo caminho. Vários grupos fazem alpinismo e foi muito interessante ver.
No dia seguinte, voltamos para a estrada
e continuam os pela QRO 100 até ao entroncamento com a Mex.120 e dali continuamos
até a pequena Pinal de Amoles (Pueblo Mágico). Circulamos até um grande
estacionamento que se chama Kiosko, um tipo de anfiteatro. Fui conversar com a
polícia local e informaram que o portão fecha as 20:00 horas para saída de
carro e caso necessitasse ligar para o 911 que eles vêm abrir. Foram muito
atenciosos conosco. No dia seguinte como era sábado, resolvemos pegar estrada.
Na saída foi um sufoco, pois encheram a rua de barracas e todo mundo ajudando,
enfim conseguimos sair sem provocar estragos. Mas foi divertido a movimentação
do pessoal. Resolvemos sair, pois domingo ia ter um evento e o local ia ficar
muito cheio. E nestes tempos, é bom evitar. Continuamos pela mesma rodovia até
a outra encantadora cidade chamada Jalpan (Jalpan de La Sierra). Estacionamos
na praça central e ficamos por dois dias. A Igreja da Congregação Franciscana
acorda a cidade tocando música e inclusive de Roberto Carlos. No domingo houve
um funeral, e a igreja colocou no alto falante musica do Roberto Carlos/Erasmo
no piano. A chegada do carro fúnebre na frente da igreja estava esperando os
Mariates. Antes de levar o caixão para dentro da igreja, mais musicas e os
Mariates acompanharam até o padre começar missa. Foi muito interessante ver a
despedida de um ente querido.
Na terça feira, seguimos na mesma rodovia pela encantadora Serra Gorda. Muito bonita!!!A estrada muito sinuosa. Passamos na cidade Landa de Matamoros (Pueblo Mágico) e seguimos passando por Xilitla. Muito complicada para entrar.
Na sequência a Ciudad Valle. Dormimos na frente do supermercado Soriana,
um calor muito grande de dia, mas a noite refresca. Voltamos para quase a nível
do mar. Já estamos no Estado de San Luis Potosi, lugar de muita natureza, mas
isso conto no nosso próximo post. Continuem com a gente!!!