sábado, 10 de outubro de 2020

Expedição Brasil até ao Alaska/Ushuaia - 2020 - Diário dos dias 04 a 17/09/2020

 50 – Diário do dia 04 a 17/09/2020

Depois de uns dias na querida cidade de Orizaba que está situada a 1500 msnm, pegamos a Mex.150 Cota e depois de uns 30 km, começamos a subir uma linda serra até a cidade de Esperanza chegando a uma altitude de 2600 msnm. O céu estava bonito e resolvemos parar no posto Pemex para fazer o nosso almoço. Ficamos com uma linda vista do Pico Orizaba, o mais alto do México.

Chegamos em Puebla e erramos a saída para Cholula e assim tivemos que atravessar todo o centro de Puebla. Mas foi, tranquilo, cidade muito movimentada e muito grande também. Cholula fica praticamente do lado de Puebla, e para nós e algumas pessoas que conversamos, fica muito difícil saber onde termina uma e começa a outra. A diferença está no encanto. Considero o centro histórico de Cholula muito charmoso, com diversas igrejas (muitas e perto uma da outra), inclusive com data de 1521. Muito bem preservada e limpa a cidade. Em Cholula ficamos uma semana no Camping Trailer Park Las Américas. Este camping é bem organizado, o pessoal bacana e com dois cachorros bem amistosos. Segurança 24 horas, tem moradores nos apartamentos e fica próximo da cidade histórica (uma boa caminhada de 1,7 km). E também próximo da Plaza San Diego (600 metros), onde tem supermercado, lojas, restaurantes, bancos etc. Então, muito bem localizado, bom para um descanso e também para pôr as coisas em ordem.










Trailer Park Las Américas


Conhecemos no Camping trailer Park Las Américas, o médico Gustavo, figura incrível, pois, músico, piloto de avião, ciclista, piloto de paraglider, motociclista e mora no Motorhome no camping. Disse que está com os alforjes da moto pronto desde março para a viagem até Ushuaia na américa do Sul, e também visitará alguns países, inclusive o Brasil. O seu sonho vai sendo postergado mês a mês. Infelizmente as fronteiras estão fechadas por enquanto.

Nós tivemos que mudar os nossos planos em atravessar o Paso Cortez, porque choveu muito a noite e um pedaço da estrada de onde passaríamos está bastante avariada, pois é terraceria, como chamo por aqui. Outra coisa que fez também mudar os planos é que o Parque Nacional ainda está fechado. Assim ficou mais um lugar para visitar quando voltarmos. No camping Trailer Park Las Américas, também é um bom lugar para deixar os Motorhomes, caso alguém precise voltar ao seu país. Tem um MH de um italiano e de um americano que vão voltar próximo ao fim de ano.

Assim, reavaliamos o nosso itinerário, e resolvemos visitar as Pirâmides Teotihuacán próximo a Cidade do México. Despedimos dos nossos amigos e seguimos pela Mex.190 até a cidade de Texmelucan. Depois entramos na Mex.40D até ao entroncamento da Mex.132. Nesta entramos a esquerda com destino a cidade de San Martin de Las Pirâmides. Percorremos por mais 5 km e chegamos a Teotihuacán Pirâmides. Como já estava fechada, continuamos em seu entorno até uma praça, onde tem um campo de futebol e estacionamos conforme a indicação no aplicativo IOverlander. Depois fui conversar com um morador local para saber se tinha algum inconveniente em passar a noite neste lugar. Informou que não, e que o lugar é muito tranquilo. Continuamos o papo por mais algum tempo, pois tinha muita curiosidade sobre nós e voltei para o “Bison” para jantar.









No dia seguinte, levantamos não muito cedo, fizemos as rotinas normais e partimos em direção ao portão 5 das Pirâmides de Teotihuacán. Na entrada tivemos que descer do “Bison” e passamos pelo protocolo do Covid-19. Voltei novamente ao “Bison” e o conduzi até ao estacionamento. Paga-se por pessoa e mais uma taxa pelo estacionamento que não chegou a USD 10,00(dez dólares) no total.

Entrar neste sitio arqueológico era um sonho muito antigo para mim, pois estas ruínas trata-se do ano 200 A.C. Eu já tinha visitado as ruinas na América Central, como a imponente Tikal na Guatemala. Só que em Tikal, como está localizada no meio da floresta, estava um calor enorme e aqui o dia estava nublado e com a temperatura bastante agradável para caminhar. Foi muito emocionante percorrer todos os caminhos dentro do sítio. Com o advento da Covid-19 não podia subir nas pirâmides Sol e Lua e também os museus estavam fechados. Fazia dois dias que reabriram para visitação e falta fazer muita manutenção na conservação do sítio. Conversei com alguns vendedores (são muitos dentro do sítio), e eles estavam reclamando muito sobre o enorme tempo em que ficou fechado. Deram algumas dicas de lugares para ser visitados no México. São pessoas muito bacanas e educadas, mas precisando sobreviver, e as vezes o assédio é demasiado.

Com relação as Ruínas de Teotihuacán, as pesquisas são imprecisas, pois não se sabe ao certo como o povo que a habitava desapareceu. Com a chegada dos Astecas, hoje chamados de Mexicas, que tentaram decifrar algumas coisas, mas as linguagens ainda são desconhecidas. Depois de circular bastante pela cidade e na avenida dos mortos, voltei para almoçar na nossa casa, pois passava de 14:30 horas e estava com muita fome. Em função do protocolo Covid-19 os portões fecham as 15:00 horas. Almoço meio corrido, saímos alguns minutos antes de fechar e pegamos a estrada que circula o parque e voltamos para o local onde passamos a noite anterior.

Dormimos demais, pois creio que devido ao cansaço do dia anterior ter caminhado por todo o parque. Voltamos a circular ao parque até a saída para a Mex.132 Libre e seguimos nela cruzando a Mex. 40D até a cidade de Acelotla Ocampo e dali entramos a esquerda na Mex.88 até a cidade de Pachuca. Chegando a Pachuca, entramos a direita na Boulevard Luis Donaldo Colossio até ao cruzamento com a Mex.105. 




























Entramos nesta rodovia até a encantadora cidade de Mineral del Monte, também conhecida por Real del Monte, intitulada também, como “Pueblito Magico”. Seguimos até ao estacionamento publico informado no aplicativo IOverlander. Como era final de semana, paga-se uma tarifa de $ 40,00 (quarenta pesos) por dia, equivalente a USD 2,00(dois dólares) e nos dias de semana é livre. O lugar é bem movimentado nos finais de semana e chega a encher o estacionamento. Muitos turistas de todas as partes do México e também muitos grupos de motociclistas, ciclista, enfim muito visitada. As casas com seu telhado alto, mostram a influência inglesas nas construções, conhecidas como “Cornualha”. Foram 350 empregados vindos da Inglaterra que a empresa inglesa administrou a mina entre os anos de 1824 a 1848. Além das construções, eles influenciaram também na culinária, criaram o Pastes (uma espécie de empanadas feitas também ao forno), inspiradas nas tortas cornualhas e ainda introduziram o Futebol no México. Do lado do estacionamento tem o museu do futebol, construção muito simples para a importância do futebol no México.

Adoramos o local, passeamos bastante e aproveitamos também a culinária local. Tudo com muita pimenta. No dia 16 de setembro o México comemorou a data da sua Independência e foi feriado. Toda a cidade enfeitada com as cores do México, muitos foguetes e também “Viva México”. Outra coisa interessante: um país com tantas dificuldades, ainda mais a pandemia agravando a situação, mas o povo comemorando com muita alegria e patriotismo essa data.

Depois de dias agradáveis, seguimos pela Mex.105 até a cidade de Huasca, considerada a também como a “1ª Pueblito Mágico” do México. Mas isso, vou contar no nosso próximo post. Continuem com a gente!!

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