Depois de muitos incômodos devido
à greve na saída na cidade de Huaquillas há mais de 20 dias, rumamos para outra
fronteira na cidade de Macará que também passa a rodovia Pan-americana. Nesta
fronteira foram muito simples os trâmites, mas com a diferença no tratamento, feito com muita
cordialidade.
Bem seguimos para a cidade
Chiclayo e Trujillo, cidade com 509 mil habitantes e está no nível do mar,
próximo 13 km de distância. Mas, o deserto faz parte da paisagem. Olhando para
o céu há sempre nebulosidade, devido aos ventos que sopram do deserto levando
as areias. As construções são normalmente baixas e sendo rebocadas somente na
parte da frente. As laterais e atrás ficam os tijolos, dando uma coloração da
areia do deserto. Nesta região chove muito pouco.
Por volta do século VI esta
região se converteu no centro de poder da cultura Lambayeque e posteriormente a
cultura Chimú que construiu uma importante cidadela de nome Chan-Chan que fica
aos arredores de Trujillo. Visitamos este sítio arqueológico, considerado a
maior cidade de barro da América Pré-hispânica. Nela abrigava em torno de 100
mil pessoas, possuindo várias praças, reservatório de água, silos para
guardarem a produção agrícola, templos para adoração, vários canais se
interligando, parecendo labirinto com muros de até 10 metros de altura. Impressionante
a forma de construção. Vale a pena visitar.
Chegamos à cidade de Santa,
resolvemos fazer o trajeto pelas cordilheiras, pois estava muito chato ir pela
região costeira. Era o mar, o asfalto no meio e o deserto no outro lado. É
bonito no começo, mas... então, seguimos o trajeto entre a cordilheira
Negra(sem gelo) e Cordilheira branca(com gelo), acompanhando o Rio Santa. Este
trajeto é conhecido como Callejón de Huaylas. Percorremos 72 km de asfalto até
a pequena cidade de Chiquicara e dali 58 km de uma estrada sinuosa e estreita a
qual levamos em torno de 3 horas para percorrê-la até o entroncamento. Neste entroncamento
fica o Pueblo Yangaypampa onde continuamos a nossa peregrinação, subindo e
descendo serra, com precipícios aterrorizantes. São 39 túneis rústicos, todos
feitos para somente um carro de cada vez, e toda vez que se vai entrar no túnel
tem que buzinar para quem escutar parar, se não tem voltar de marcha ré. Abaixo,
o belo Rio Santa nos acompanhando, com muitas cachoeiras e até Hidroelétrica. Chegamos
à cidade de Caraz, o Cânion Del Pato onde iremos visitar a Laguna de Parón.
Demoramos mais de duas horas subindo a cordilheira para chegarmos a Laguna
Parón a 4.200 metros de altitude, com sua água de azul turquesa. Depois
seguimos e fomos visitar o Parque Nacional Huascarón, muito bacana e também dá
pra avistar os Picos Huascarón e Huandoy cobertos de neve. Depois fomos até a
Laguna de Llanganuco, com coloração da agua espetacular e em volta tem muitas
mesas para fazer pic-nic.
Visitamos o capital Lima, com
seus pontos turísticos e depois rumamos para Cusco e Machu Picchu e no caminho
estava Nasca.
Antes de chegar a Nasca, no
km 420 tem um mirante onde se pode ter uma pequena noção destas espetaculares
figuras gravadas nas areias do deserto, entre os anos 200 a 500 D.C., segundo
estudos realizados. No mesmo local há o museu Maria Reiche, em homenagem a
pesquisadora alemã que teve um papel fundamental nos estudos das Linhas de
Nasca. Em Nasca fizemos o voo sobre as Linhas de Nasca.
Depois de 100 km de viagem, saímos
de uma altitude de 588 msnm para 4.330 msnm, na Reserva Nacional Pampa Galeras
Bárbara D’ Achille. Nesta altitude tem um passo conhecido como Abra
Condorcencca, muito lindo com muitos animais Vicunha e Alpaca. Em cima da
montanha é plano, tem muitos lagos e também muito frio. Seguindo, passamos por
outro passo de nome Occe Occe a 4.400 msnm rumo a Cusco, cidade conhecida como
a “casa e morada dos Deuses”. É uma das mais belas cidades da cordilheira
peruana, também conhecida como a capital arqueológica da América, com muitos
museus, igrejas, sendo muito delas na própria praça central.
Ficamos nesta região duas
semanas, sendo o Natal e também o Ano Novo. Olha, no ano novo os turistas
correm em volta da praça central, na virada do ano, é muita gente,
impressionante, como não entendíamos o que estava acontecendo, fomos perguntar,
a resposta é: "reza a lenda, que na virada do ano se você correr em volta
da praça, vai passar o resto do ano viajando”. Bem, na dúvida fomos dar a nossa
voltinha também...
Optamos para ir para Machu Picchu,
seguindo de carro até a cidade de Ollataytambo, deixar o carro no
estacionamento e pegar o trem turístico da noite até a cidade de Águas
Callientes. Muito interessante esse trajeto do trem, na volta conseguimos
passagem pra vir de dia. Lindo!!!!
Visitamos o parque em dois
dias. Sendo no primeiro, fomos até a entrada do parque para quem vem das
trilhas e tem a visão espetacular das montanhas. Ali sentamos e fizemos um belo
pic-nic. Andamos por todos os cantos de Machu Picchu (montanha velha) e no dia seguinte
a missão será visitar a Huayna Picchu (montanha jovem).
Bem o nosso dia era simples,
pegávamos o ônibus até a entrada do parque e na volta vínhamos pelas trilhas,
chegávamos muito cansados em Aguas Calientes. Muito legal fazer dessa forma.
A subida da Huayna Picchu tem
certa dificuldade, pois beirava a abismo, tínhamos que segurar por cordas,
enfim com muita paciência, cuidado e determinação chegamos em cima da montanha
onde podemos observar as belezas de Machu Picchu. Vale a pela subir. Esta
permite subir se chegar ao máximo até às 13 horas no portão. O parque fecha às
17 horas.
Valeu muito a pena fazer
estas visitas e de volta a Cusco, fomos visitar o Vale Sagrado, vale muito a pena
visitar. É melhor e mais em conta comprar um passaporte que dá direito às
visitações de museus e parques.
Saímos de Cusco rumo a Puno
cidade as margens do Lago Titicaca e lá fizemos um passeio de barco até as Ilhas
flutuantes de Uros, construídas com juncos, muito interessante.
Bom, até Peru, conhecemos alguns desses lugares. Que saudade!
ResponderExcluirNao to conseguindo parar de ler...
Ta muito bom