sexta-feira, 23 de junho de 2017

Expedição Brasil até ao Alaska - Diário do dia 05 a 13/06/2017

16 - Diário do dia 05 a 13/06/2017

Bem, como podem ver, estamos muito próximo do Walmart, é o nosso melhor parking overnight. Não podemos nos queixar, pois tem as suas comodidades. Citando uma delas, pão fresco todas as manhãs para o nosso café da manhã.
Em Hinton, depois de reabastecer, seguimos pela Rod.40 passando pela cidade de Grande Cache, continuamos até Grande Prairie. Nesta cidade fomos a empresa Ok Tires, para fazermos balanceamento, alinhamento e rotação dos pneus. Aqui no Canadá como nos Estados Unidos, muitas empresas trabalham por agendamento. No mesmo dia conseguimos fazer a rotação dos pneus e também o balanceamento. O alinhamento ficou para o dia seguinte de manhã na primeira hora. Como na cidade tinha Walmart, fomos fazer umas compras e neste dia não dormimos no Walmart, dormimos na frente da empresa para estarmos cedo.
Quanto ao alinhamento, eu nunca vi fazer desta forma no Brasil, pelo menos nos estados da Bahia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul em Gramado. Eles conferem toda a suspensão, medem e alinham até os pneus traseiros. Tudo ajustado, pneus calibrados, seguimos até Dawson Creek, marco zero da Alaska Highway que leva o número de Rod.97.
Fomos ao centro de informações, pegamos mapas e dados do estado British Columbia do Canadá, reabastecemos o MH de Diesel e seguimos pela mesma rodovia. Tocamos até as nove horas da noite, que aqui ainda é dia, e paramos numa Rest Área para dormirmos. Neste lugar tinha mais 3 RVs e um caminhão. Fomos dormir lá pelas 23:00 horas e ainda estava claro, começando a anoitecer. Nós estamos muito próximo de ver o sol da meia noite.
No dia seguinte, continuando pela mesma rodovia, mas que neste trecho se torna um pouco monótona, pois só se vê pinheiro e a rodovia no meio. Outra coisa que se vê muito, perfuração de petróleo, todas as instalações novas em atividade, muitas construções, inclusive de pequenas vilas todas com material pré-fabricado, retangular igual a trailer. Creio que deve ter muita oportunidade de emprego na área de petróleo no Canadá. Depois, tocamos até Fort Nelson, onde paramos para fazer o nosso almoço. Após ao almoço, reabastecemos o MH com diesel, fomos a estação de dump station do Centro de Informação ao Turista, fizemos a limpeza dos tanques de detritos e reabastecemos com água potável. Voltamos para a estrada e a paisagem começou a mudar. Subimos e descemos algumas montanhas, e começamos a avistar vida silvestre novamente, e os primeiros foram os cabritos da montanha. Mais tarde, vimos alguns ursos pretos na beira da estrada. Um pouco antes de pararmos, vimos uma mãe ursa com dois filhotes bem novinhos. Eles tinham uma penugem bem clara. Ela estava comendo plantas e os filhotes brincavam o tempo todo. Mas ela protegia eles o tempo todo, e nem se importando com a nossa observação. Tiramos algumas fotos e seguimos para deixar ela em paz. Tocamos mais um pouco e resolvemos para numa Rest Área.
Nesta noite, ficamos sozinhos na Rest Área. Mas, estava muito tranquilo e pudemos dormir bem. A vida por aqui é muito diferente, pois a tranquilidade e segurança já é uma condição de se viver. Por isso, podemos parar numa Rest Área e passar a noite, sem ficar pensando em alguém te assaltar, ou coisa do tipo. O susto maior é de um urso aparecer e começar a cheirar o MH em busca de comida. Mas, como nesta época, está tudo florindo e tem muitas flores e frutos, não tem problema.
Após, cumprir com a nossa rotina de todas as manhãs, seguimos pela mesma Rod.97 e fomos até o Liar Hot Springs Provincial Park, onde tem o camping e piscinas com aguas termais das montanhas, mas tudo no seu leito natural. Muito legal o lugar no meio da floresta. Ficamos uma noite acampados, onde apareceram os brasileiros Pires e Marluce, ambos professores e que moram em Calgary, onde conversamos bastante até por volta das 23 horas, e ainda continuava dia. Para nós que temos muito definidos noite e dia, fica um pouco complicado no começo para dormir. Não adianta esperar anoitecer, pois isso não vai acontecer. O melhor é escurecer o MH com cortinas e dormir.
No dia seguinte, ainda tomei banho nas piscinas e depois reabastecemos o MH com água e seguimos pela Alaska Highway (97) até o Centro de Informações ao Turista de Watson Lake, cidade das placas, onde cada viajante deixa a sua. Segundo a última contagem feita no dia 28 de setembro de 2016, são 83.886 placas. Procuramos para ver se achávamos de alguns amigos brasileiros, mas encontramos só um boné com brasão da seleção brasileira de futebol, de uma turma de Blumenau – SC. Logo na entrada próximo a porta de entrada da informação Turística, tinha uma placa já apagada e ali aproveitamos para deixar os nossos nomes gravados. Recebemos muito material da região de Yukon, inclusive de Inuvik no ártico que pretendemos visitar. Eles foram muito prestativos com dicas para visitar, e assistimos um filme da construção da rodovia, visitamos o museu e depois fomos reabastecer de diesel o MH e voltamos para a estrada. Tocamos até a Rancheria Falls, onde tem duas cachoeiras e resolvemos dormir ali. Depois chegou um Belga de Bike, que nos pediu agua e mais tarde um casal de canadense de Quebec, também ficaram.
A noite foi muito tranquila para dormir. De manhã, nos aprontamos e seguimos pela Alaska Highway 97 alternando a rodovia em pavimento bom e em várias áreas que estão trabalhando e em muitos deles só brita. Mesmo assim, o piso não tem buraco, parece um pré-asfalto. A paisagem também não mudou, sendo que pinheiro dos dois lados e a pista no meio. Em certos momentos cansativos. Depois começamos a ver montanhas novamente e rios com cachoeira. Ficou mais interessante. Quase não vimos animais silvestre. Chegamos na cidade de Whitehorse, e ela já tem uma boa infraestrutura, com supermercados e várias lojas. A cidade é bem interessante, com praças e um rio muito bonito também. Para variar não dormimos no Walmart, apenas compramos algumas coisas, e reabasteci o MH de diesel e completamos o nosso tanque de água potável e seguimos pela mesma rodovia. Pretendemos na volta, explorar melhor a cidade. Depois de rodar um bom pedaço avisto um urso assustado na beira da rodovia. Não deu nem para tirar foto, pois saiu correndo. Como anoitece tarde, tocamos até a cidade de Haines Junction, onde dormimos na frente do Centro de Informação Turística. Amanhã seguiremos rumo ao Alaska.
Acordamos cedo, e no local onde estávamos tinha sobra e o dia estava um pouco frio. Resolvemos ir até o portal da cidade onde tem um posto de combustível North60 e resolvemos fazer e tomar o nosso café da manhã com sol. Depois fomos reabastecer o MH de diesel e pegamos a Alaska Highway 97. Logo que fomos para a estrada o dia começou a nublar e inevitavelmente veio a chuva. Ela nos acompanhou por um bom tempo. O visual das montanhas foi ficando mais bonito, pois tinha muita neve e os rios estavam muito cheios e fez muito estrago na rodovia e, portanto, tinha muita obra e desvio. Almoçamos numa Rest Área com vista para as montanhas. Liguei o gerador para a máquina lavar louça e fomos tirar um cochilo. Depois seguimos viagem até a fronteira do Canadá para os EUA. Como aconteceu na nossa entrada no Canadá, agora foi a vez dos EUA fazer os trâmites. Muito simples e dentro do próprio MH. A Oficial da fronteira foi muito simpática e falou conosco em espanhol, pois queria praticar. Foi muito divertido a nossa entrada novamente nos EUA, com muita brincadeira e descontração. Olhei para trás e vi a fila de carros e todo mundo bem tranquilo, ninguém buzinou ou reclamou. Dali seguimos muito emocionados e contentes tirar a nossa foto de entrada no Alaska. Estamos realizando um sonho após 17 anos, depois de ter ido a Ushuaia na Terra do Fogo e ter apontado no totem para o Alaska e dizer que um dia chegaríamos até aqui. 
Claro que falta muito ainda, mas chegando aqui com o nosso MH Iveco Santo Inácio, só podemos estar felizes. Nós estamos fazendo tudo muito tranquilo, visitando muitos lugares e conhecendo pessoas. Vendo bichos que só víamos em documentários e em fotos. Aqui tudo é diferente e não temos como comparar, é muito lindo também. Vamos aproveitar o máximo para conhecer este extremo do continente americano. Vamos contando as nossas emoções e postando fotos dos lugares bacanas.
Amanhã seguiremos para Fairbanks.
A nossa ida até Fairbanks foi muito tranquila, mas o dia era de chuva e frio. Os lugares para parar e tirar foto ficaram prejudicados em função da visibilidade. Assim, tocamos até o Polo Norte, cidade do Papai Noel e tiramos algumas fotos. Depois, retornamos a rodovia e logo em seguida chegamos em Fairbanks no estacionamento do Walmart. A cidade estava acima da minha expectativa, pois muito moderna com vários centros empresariais. No Walmart encontramos o Luis e Milu que já estavam 3 dias parados em decorrência das chuvas. Segundo a Milu eles iriam para Prudhoe Bay na segunda-feira seguinte, pois em Fairbanks terá a festa no final de semana de 75 anos da Alaska Highway. Eu informei que iria na quarta-feira dia 14/06.
No dia seguinte de manhã, resolveram seguir em frente. A estrada é muito ruim e falei que iria no nosso tempo sem forçar nada. Se tiver que andar a 20 km por hora, irei desta forma, como já fiz em outras localidades.

Mas essa história vou contar no próximo post.



Dawson Creek 

Dawson Creek 

Dawson Creek 

Dawson Creek 

Dawson Creek 

De forte Nelson a Muncho Lake Park

Delta Junction

Fronteira Canadá Yukon.EUA Alaska

Fronteira Canadá Yukon.EUA Alaska

Bison

Liar Hot Spring Prov

Muncho Lake

Muncho Lake

Muncho Lake

Muncho Lake

Muncho Lake

Muncho Lake

Muncho Lake

Watson Lake

Watson Lake

Watson Lake

Watson Lake a Whitehorse

Watson Lake a Whitehorse

Watson Lake para Tieslin 

Watson Lake para Tieslin 

Watson Lake para Tieslin 

Whitehorse a Dawson City

Whitehorse a Dawson City
Whitehorse a Dawson City

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