13 - Diário do dia 08 a 16/05/2017
Até mais México!!! Olá Tio Sam!!!
Continuamos até a cidade de Sant’ana bem próximo a fronteira
de Nogales Arizona. Dormimos numa estação de combustível Pemex, incluindo
energia elétrica pelo valor de $ 50,00(cinquenta pesos mexicanos), pelo câmbio
que fiz, em torno de $3,00(três dólares), é muito barato. À noite, para nossa
surpresa choveu bastante e baixou a temperatura em torno de 15ºC. Esta região é
muito seca, e não é comum chover nesta época do ano, pois estamos no Deserto de
Sonora, mas a chuva foi bem-vinda.
Acordamos e fizemos a nossa rotina e nos preparamos para
atravessar a fronteira. A estrada
continua a Mex-15 e em parte está muito boa e em outra estão em obras, assim
foi até chegar a Nogales na parte mexicana. Depois, fomos tocando até a
fronteira e quando vimos já estávamos na fila para darmos entrada nos EUA.
Entramos no box, pediram o nosso passaporte, fez a conferência inicial, depois
nos levou para estacionarmos um pouco a frente e pediram para aguardar a vinda
do fiscal da vigilância sanitária. O Fiscal, muito educado, pediu licença para
entrar em nossa casa, e perguntou sobre produtos, semente, e se tínhamos animal
de estimação. Verificou alguns temperos com a lupa para ver se não tinha algum
tipo de inseto e assim depois nos liberou.
Posteriormente, veio um novo fiscal da imigração, fez
algumas perguntas enquanto estávamos no carro, pediu para sairmos do carro e
também para levarmos nossos documentos, dinheiro e acompanha-lo. Aguardamos por
10 minutos numa sala de espera, depois veio outro funcionário e solicitou que o
acompanhasse até o lugar onde nos deram a permissão para entrar nos EUA.
Pagamos a taxa de USD 12,00(doze dólares) e perguntei sobre a saída do México.
Ninguém sabia explicar. Até que um outro funcionário disse que podíamos ir tirar
o carro do local onde estava, e seguir para Nogales nos EUA, estacionar e
voltar a pé até a imigração do México. Estranhamos não ter ficado numa sala,
como já relatado por outros viajantes que entraram nos EUA, e feito
entrevistas. Só fizeram uma vistoria no MH por dentro. Mas, não tiraram nada do
lugar. Foi mais tranquilo do que esperava. Bem, voltamos ao México a pé e demos
a nossa saída na imigração do México. Como tínhamos o visto de 180 dias, eles
achavam que poderia voltar neste tempo sem precisar dar a saída. Como não sabíamos
quando voltaríamos ao México, fizemos os trâmites, ficando de fora o MH, pois
tem permissão como falei até o ano de 2027. Foi tudo muito rápido e tranquilo.
Depois fomos para o Walmart comprar algumas coisas e resolvemos dormir no
estacionamento.
Já em território americano e muito feliz por ter conseguido
realizar esta parte da nossa expedição, seguimos pela rodovia 19 até a cidade
de Tucson. Chegando em Tucson, fomos direto a Camping World para fazer a
transformação do nosso sistema de gás do Brasil para o sistema americano. Quem
me deu esta dica foi o amigo Rogério do Rio de Janeiro. Compramos o botijão de
gás americano que é de alumínio e muito mais leve, como também os acessórios
para o ajuste. Só que a mudança só poderia ser feita no dia seguinte e pelo Sr.
Jeff da Fisher RV. Assim, resolvemos ir até o centro comercial, onde tem várias
lojas, inclusive um grande Walmart. Compramos algumas coisas e resolvemos
passar a noite no estacionamento. Os supermercados são 24 horas, mas a noite é
muito tranquilo e além do mais tem a palavra mágica: “free”.
No dia seguinte no horário marcado, 10 da manhã, estávamos
lá. Aqui você não pode entrar dentro da oficina. Pediu a chave no MH e levou
para dentro para fazer o trabalho. O preço da hora era de USD 80,00(oitenta
dólares), caríssimo, assim são os serviços por aqui. Praticamente deu esse
tempo, mais o acabamento do serviço não gostei. Mas, enfim, temos agora o gás
propano e as dificuldades nesse sentido acabaram. Se bem que ainda tinha gás no
nosso botijão, mas como não temos espaço suficiente, deixamos na oficina. Olha
que fazíamos todas as refeições e ainda assim durou bastante. Poupamos no banho
porque a agua já era quente em função do clima.
Depois de pronto, e alegres por ter uma preocupação a menos,
seguimos pela interestadual 10 até a cidade de Phoenix e depois pegamos a Rod.17
até a charmosa cidade Flagstaff (cidade dos esportes) onde também pernoitamos
no Walmart. No dia seguinte, exploramos um pouco a cidade e seguimos pela Rod.180
por 49 milhas e entramos na Rod.64 passando pela cidade Tusayan até a entrada
na parte sul do PN Grand Canyon. Na entrada do parque compramos o passe para
todos os parques nacionais do EUA com validade de 01 ano. O preço estava USD
80,00 (oitenta dólares). Só a entrada do Grand Canyon já era de USD
30,00(trinta dólares). Portanto, vale muito a pena fazer a compra de passe. Outra
coisa: para quem compra a entrada do parque, ela vale por 07 dias. Passamos o
dia no parque, vimos o filme e circulamos a pé para nos localizarmos. Tem o
camping dentro do parque mais a diária é de USD 45,00(quarenta e cinco dólares)
o sítio. Resolvemos não pagar esse valor e voltamos para a cidade de Tusayan e
no estacionamento da National Geografic. Por enquanto estão deixando pernoitar,
pois não é verão. No verão falta lugar para estacionar. Tinha mais um MH
americano que fui perguntar se podia passar a noite, ele me disse que já estava
5 noites. Essas palavras foram muito legais e foi o nosso passaporte para
dormimos ali. Não é que a gente não possa pagar, mas tenho um carro que me dá
muito autonomia, e eu só preciso de estacionamento seguro. Há momentos em que
ficamos em camping, mas aí aproveitamos para utilizar bem os serviços de água e
luz, principalmente no calor. Mas aqui, o PN Grand Canyon, no pagamento da
entrada, você tem o serviço de Dump station (descarga dos detritos) e água
potável. O sol é forte de dia e com as placas que tenho, carrega as baterias,
portanto tenho energia também.
A minha percepção até aqui dos EUA é que é tudo muito
grande, bem planejado e bem feito. Pleno menos até aqui no Estado de Arizona.
Vamos conhecer os outros estados e para depois darmos a nossa opinião. Os acessos
para as estradas, viadutos um em cima do outro, grandes obras de engenharia, tudo
para dar segurança as pessoas. As unidades de medidas mudam por aqui também,
pois a velocidade/distância é em milhas; peso em libras; em vez de litros é
galão; altura é em pés e não metros. A velocidade ajustei no GPS e assim tenho
o controle para não passarmos do limite.
Aqui todo mundo tem camionete e das grandes, até com pneu
duplo atrás e ainda por cima a gasolina com motor V6 ou V8. É até bonito de ouvir
o ronco dos motores. Mas o que impressiona mesmo é a quantidade de motor home,
trailer e campers que eles têm. Oficinas e fábricas na região de Tucson são
incontáveis. Cada casa tem um ou outro veículo de recreação. Outra coisa
fantástica, são as lojas de produtos e acessórios para MH, é de cair o queixo.
No dia seguinte, acordamos no estacionamento e tinha mais
dois MH. Eles alugam muito também. Depois de nossa rotina cumprida, rumamos
para a entrada do PN Grand Canyon e apresentamos o nosso cartão de acesso
anual, juntamente com o meu passaporte, pois o cartão está no meu nome.
Entramos e rumamos para o estacionamento nr.01 dedicado aos RVs como chamam
aqui e depois iniciamos a nossa peregrinação por essa fantástica obra de DEUS.
A cada parada para admirar essa obra em diversos pontos é de
ficar maravilhado e de abrir os olhos até o infinito para ver o quanto é lindo,
espetacular, fabuloso esse lugar, que nos faltam adjetivos para defini-los. Se
você não for fazer as longas trilhas embaixo do parque, pode ainda assim fazer
a pé, ou de bike por cima e quando cansar tem os ônibus que te levam de ponto a
ponto assim divididos: Linha Azul toda parte central do parque, onde tem os
serviços e até a transferência para outras linhas: a Linha Vermelha vai para os
pontos da Hermit Road; a Linha Laranja até a Yaki Point e a Linha Lilás até a
cidade de Tusayan, onde tem os serviços de camping também, posto de gasolina, e
restaurantes de todos os tipos. Olha que beleza: esses ônibus são todos
gratuitos. Na frente do ônibus tem rack para colocar as bikes, sendo que é você
mesmo que coloca. A educação dos motoristas (homens e mulheres) é demais. Muito
solícitos e muito bem preparados para lidar com turistas do mundo todo. Se
ainda tiver um cadeirante, abaixa a rampa, todos esperam, o ou a motorista,
ajustar a cadeira no ônibus, e só assim, após a liberação começam a se
acomodar. Os ônibus são todos automáticos e movidos a gás.
Estamos bastante impressionados com o PN Grand Canyon. A
quantidade de fotos tiradas é absurda, mas para escolher o que vamos postar vai
ser muito difícil, pois o visual a cada momento da luz do sol, fica diferente.
Dormimos a noite no estacionamento na cidade de Tusayan. A
temperatura chegou a -2ºC de madrugada. De dia tem o sol e fica muito quente,
mas quando o sol se põe o bicho pega. Depois do nosso café da manhã, com vento
e frio, pois o sol demorou a sair, seguimos novamente para o parque para
explorar a parte da linha laranja. De tarde houve uma correria de ambulância e
socorristas do parque. Fomos descobrir, alguém foi tirar uma Self e caiu. De
longe vimos socorristas em rapel para chegar ao local da queda. Não sei o
estado de saúde do acidentado. Não se comenta por aqui. Também, tem cada um
querendo tirar uma foto inusitada. Tinha uma alemã que tirou a camiseta e ficou
de seios à mostra para tirar uma foto numa pedra a beira do precipício. Se vê
de tudo! Mas o que realmente é importante, é o lugar que vai ficar em nossas
lembranças.
Depois de um dia muito corrido e com muitas vistas espetaculares, voltamos para o estacionamento de RV e rumamos para a cidade de Tusayan e dormimos no mesmo estacionamento. No dia seguinte, com muito frio, arrumamos nossas coisas e rumamos em direção a Zion National Park. Mas isso, conto no próximo post.
Olá Raul e Valkiria. O relato de vocês está de arrepiar. Estamos aqui acompanhando a viagem e curtindo juntos. Grande abraço. Alvaro e Izolete.
ResponderExcluirMaravilhoso meu irmão, que felicidade, uso teus olhos como se fossem os meus. Um grande beijo pr você e Valkiria. Saudades
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