11- Diário do dia 17 a 26/04/2017
A estrada até a fronteira de El Florido, Honduras/ Guatemala
estava horrível. Continuava o mesmo problema. Muito poço (buraco) na pista. Tínhamos
que manter muito a atenção para não romper com pneu ou aro. Além do mais tinha
as inúmeras lombadas, que aqui e em Honduras chamam de TÚMULO. Interessante o
nome para lombada. Chegando na fronteira de Honduras o atendimento foi muito
rápido, até me surpreendi, pois era termino de férias (aqui) feriado
prolongado.
Logo em seguida vem os trâmites de Guatemala. O atendimento
foi impecável. A cordialidade foi muito boa. Excelente recepção. Pedimos mapas
e folders turísticos e providenciaram de imediato. Depois da imigração fui para
a Aduana fazer a importação temporária do MH. Não precisou tirar cópia fora.
Providenciaram todas as cópias. Muito legal isso. A atendente solicitou os documentos de praxe,
tirou as cópias, preencheu dados no computador. Foi conferir os dados no MH
(número de chassi, placa, cor e se era casa rodante-como são chamadas por
aqui). Voltou ao guichê, preencheu mais dados e imprimiu documento com taxas
para pagar no banco rural que estava mais ou menos uns 100 metros. Aproveitei
para sacar dinheiro, pois aqui a moeda chama-se Quetzal, valor equivalente U$
1(um dólar) = Q 7,23(sete quetzal e vinte e três centavos). A taxa foi no valor
de Q 160,00(cento e sessenta quetzal). Voltei ao guichê com as taxas pagas e
ela pegou uma etiqueta e inseriu os dados no documento e foi até ao MH anexar a
decalque no para-brisa. Fiquei com o original e a cópia do documento para
entregar na saída. Foi tudo muito tranquilo.
Na Guatemala o combustível é vendido a galão, equivalente a
3,785 litros. A medida de peso em Honduras e Guatemala é em libras, o que
equivale 1 libra a 454 gramas. No supermercado temos que fazer alguns cálculos
para termos um comparativo dos preços praticados no Brasil. Essa parte é a Valquíria
que controla e sabe os preços.
Na Guatemala seguimos pela rodovia CA10, muito ruim também,
continuamos pela CA21 até a cidade de Vado Hondo, voltando a pegar a rodovia
CA10 até a cidade de Rio Hondo. Dali seguimos pela CA09 até depois da cidade de
Morales onde dobramos a esquerda e pegamos a rodovia CA 13 até a cidade de Rio
Dulce, onde paramos para dormir numa estação de serviço da Shell. Pagamos Q
40,00 para estacionar e usar agua e energia elétrica. Sai mais em conta do que
eu iria gastar com gasolina no gerador. O valor total sai em torno de US$
5,53(cinco dólares e cinquenta e três cents). Está bom demais, pois com esse
calor não dá para ficar sem o ar condicionado.
Acordamos cedo, conforme de costume, seguimos o nosso ritual
de sempre, reabasteci a casa com água e pegamos a rodovia CA-13 até a Aldeia
Ixlú. Dali seguimos pela CA-3 passando pela cidade de El Remate até o portão
principal do PN Tikal. Dali até as ruinas são em torno de 17 km. Chegamos perto
das 15:30 horas e o fechamento do parque são as 18:00 horas. A entrada para
visitar as ruinas são no valor de Q 150,00 por pessoa. O museu custa + Q 30,00
por pessoa. Tem 3 hotéis dentro do parque e dois campings. O valor do camping
era de Q 50,00 por pessoa. Achamos caro, pois não tinha luz e era só para
estacionar. Resolvemos entrar no parque no dia seguinte e aproveitar bem o dia.
Voltamos até a pequena cidade de El Caoba e dormir no pátio ao lado da igreja.
Quando chegamos já fui conversar com morador local, e ele disse que não tinha
problema para ficar que ali todo local é seguro. Dito e feito, dormimos uma
noite bem legal.
Acordamos cedo e pegamos a estrada até a entrada do parque.
Pagamos os dois ingressos e também o do museu. Existe dois museus, sendo que um
não precisa pagar, pois é o de pesquisa. O outro sim, pois estão algumas peças
e também mostra a saga dos pesquisadores desde a descoberta no ano de 1895.
Vale a pena a visita.
Circulamos por todo o parque e tem uma estrutura muito boa,
pois as ruinas são muitas e a caminhada por trilha também. O lugar tem muitas
sobras, pois reflorestaram novamente e tem arvores enormes, lugares para descansar,
muitos banheiros, lixeiros e quiosques para vendas de refrigerante a
salgadinhos. O local é rico em flora e fauna. Avistamos muitos animais em seu
habitat natural. Sendo, a grande diversidade de pássaros, bugios, esquilos e
quatis.
As esculturas são enormes, e distante umas das outras. É o
dia todo caminhando no meio da mata. Em comparação com a Copán Ruinas, aqui é
muito maior. Fico muito impressionado com estas construções e de uma
civilização que tinha muito conhecimento e desapareceu. Existe algumas teses,
mais nada é concreto. Pois ainda tem muito a estudar. Continuam reconstruindo
as ruinas e a cada trabalho novas descobertas. A próxima cidade Maia que quero
conhecer é a do México e assim terei uma pequena visão deste império que chegou
até Guatemala e Honduras. Foi um dia de muito cansaço, muito calor, mais
fantástico e inesquecível. Vale a pena visitar. As fotos foram incríveis e de
difícil escolha para publicar no blog.
Depois desse dia de muita história e lindas visões
fotográficas, voltamos para descansar na pequena cidade de El Caoba. A noite
caiu uma grande trovoada e até nos assustou. Mas, depois refrescou a noite e
nem precisou ligar o gerador para o ar condicionado.
Voltamos a rotina normal, café da manhã, organização e
limpeza do nosso MH. Depois pegamos a estrada. Seguimos pela CA-3 até El Remate
e depois pegamos a CA-13 até Santa Elena e fomos para a pequena Ilha de Flores
dentro do Lago Peten Itza. Tem uma rodovia que circula toda ilha e a pé em
menos de uma hora contorna toda ilha. Esta ilha é ponto de apoio a quem vai
visitar o PN Tikal. Os turistas saem de manhã cedo e retornam no final da
tarde. Ela em seu entorno e cheio de restaurantes e barzinhos. Tem também
barracas de comidas típicas que no final de tarde fica cheia, pois grande parte
de turistas ficam na orla para fazer o Happy Hours e ver o pôr do sol. A gente
fica maluco de tantas formas em que o sol vai se pondo. A influência da luz
sobre a paisagem, é uma foto em cima da outra. Recomendo visitar esta ilha. Nós
paramos o nosso MH numa das poucas áreas que tem de estacionamento e passamos o
dia e a noite muito tranquila.
Acordamos no nosso horário normal, cedo, aproveitamos para
apreciar a vista do belo lago e tomamos o nosso tradicional café da manhã. Vocês
devem ter notado que essa parte é repetitiva, mas faz parte da nossa rotina.
Não dispensamos nenhuma refeição. E cumprimos com todas elas e que para nós o
café da manhã é fundamental. Depois arrumamos a nossa casa. Se alguém pensa que
não tem rotina, tem sim, pois fazemos todas as atividades normal de uma casa.
Arrumar a cama, por lixo no lixeiro, limpar banheiro, varrer a casa e passar um
pano úmido, lavar louça, lavar roupa, etc. Essa parte não muda. O que muda é o
ambiente e aí fica até mais prazeroso fazer essas rotinas. Não falei da rotina
do carro. Tem também, mas isso conto em outro post.
Depois, voltamos a pegar estrada e resolvemos seguir por um
caminho diferente. De início seguimos pela rodovia CA-11 até o rio onde a outra
margem é a cidade de Sayaxché. Atravessamos com uma balsa esse rio e seguimos
pela mesma rodovia até a cidade de Xuctzul e dali seguimos pela CA-9 até a
cidade de Cobán. Passamos uma tarde na cidade e pegamos a CA-14 e dormimos no
Hotel Camping Eco Holanda. Fica num bosque, com lago no meio das montanhas, com
muitas arvores e pássaros. Tivemos uma noite agradável de sono. De manhã, a Valquíria
aproveitou a luz e água para lavar roupa. Após reabastecemos a casa de água e
seguimos pela CA-14 até a cidade de El Rancho e dali rumamos para a capital
Cidade de Guatemala pela CA-9. Na capital aproveitamos para fazer compras no
mercado e reabastecer a nossa dispensa. Aproveitei para sacar dinheiro também.
Já estava escurecendo e seguimos pela rodovia CA-10 até a
cidade de Antígua Guatemala. Essa era a capital anterior da Guatemala. Cidade
tombada pela UNESCO, no ano de 1979, tendo suas ruas de pedra e mantem a
herança da cultura Hispânica colonial, sendo a primeira capital da América
Central. Quando estamos próximos a cidade a rodovia é só descida. Temos que
cuidar dos freios para não esquentar muito. Não tem acostamento e tem três
pistas de fugas para caminhões e são obrigados descer pela pista da esquerda.
Ainda assim, tem muitos acidentes. Chegamos praticamente de noite e rumamos
para o estacionamento da Polícia de Turismo. Lugar visto no IOverlander e onde
muitos viajantes ficam por aqui, pois é bem central e podemos visitar toda a
parte histórica a pé, além do mais é free. Há quando chega, tem uma série de
regras para estacionar e só após você concordar, eles fazem o seu registro. O
local é só para estacionamento, não fornecem, agua, luz e nem pode utilizar
outras dependências da Polícia de Turismo. Bem, nós não precisamos de nada,
pois já fomos com o carro abastecido de água. Tinha turistas da Holanda, Canadá,
Itália e França e nós os Brazucas.
Realmente o lugar é estratégico para conhecer a cidade.
Faz-se tudo a pé. A cidade é muito legal e tem um clima bem agradável.
Passeamos bastante por diversas ruas, muitos museus, igrejas e ruínas do último
terremoto de 1976. Uma coisa nos chamou muito a atenção, a simpatia do povo
local. Visitamos o escritório de informações turísticas e a simpática Susie,
nos atendeu muito bem. Tirou fotos para mostrar para o seu chefe.
No dia seguinte, cumprimos a nossa rotina e todos os dias, e
fomos passear na cidade. Por volta das 10 da manhã resolvemos pegar a estrada
em direção a Lago de Atitlán para a cidade de Panajachel. Pegamos a rodovia
RN-14 até a cidade de El Tejar e ali entramos na rodovia Pan-americana CA-1 até
a cidade de La Cuchilla. Depois seguimos pela RN-1 passando pela cidade de
Sololá, continuamos na mesma rodovia, descendo uma grande serra de pistas
íngremes e estreitas até a cidade de Panajachel a beira do Lago Atitlán.
Ao entrarmos na cidade, tivemos que pagar uma taxa municipal
de Q 10,00 (dez quetzal), semelhante a de Bombinhas. Depois fomos ao escritório Turística. A
recepção foi de muita surpresa, pois dessa vez a Valquíria foi até o escritório
colher os dados do local e o responsável Samuel disse para ela que já estava
nos esperando. A Valquíria levou um susto, pois não imagina que a Susie
passaria essa informação. Eu estava parado com o MH na frente do escritório,
não era um lugar adequado para parar, enquanto a Valquíria estava lá dentro,
quando uma policial chegou perto de mim e perguntou se eu precisava de alguma
coisa. Pensei logo que ela iria pedir para que eu tirasse o carro. Mas informei
a ela sobre o que estava acontecendo e ela simplesmente disse que estava ali
para servir, se precisasse de alguma informação ela poderia ajudar. Essa parte
da policial achei muito bacana, pela educação, cordialidade e presteza.
Bem, fomos ao estacionamento público perto do lago para
passarmos a noite. O lago é lindo demais e ainda sem custo. Não tem nenhum
serviço, mas para nós ter um local seguro e tranquilo, está bom.
Na manhã seguinte, fomos circular pelo lago. Muitos passeios
de barco e também muita gente tomando banho. A água é de cor azul e muito
transparente. Muitos bares, restaurantes e lojas de todo o tipo de artesanato.
O lugar é pequeno e pode circular tudo a pé.
Maravilhosas as fotos Raul, realmente interessante o lugar, fico feliz pela aventura dos sonhos que vocês estão fazendo. Um abraço meu irmão e um beijo para a Valquíria.
ResponderExcluir