Diário do dia 02/02
ao 06/02/2017
Entramos na Argentina e seguimos pela RN 123 até a cidade de
09 de julho e dali seguimos pela RN 12 até Resistência e pegamos a RN 16, com
suas intermináveis retas. Este inicio de viagem na Argentina tornou um pouco
cansativa em função do calor que pegamos até 40ºC. O sol escaldante não dava
sossego. Tivemos que mudar a nossa forma de dirigir, pois a nossa rotina passou
a ser: levantar as 07h00min e sair em torno das 08h00min horas da manha.
Parando perto das 13h00min horas para fazer almoço e começar a dirigir até
escurecer que acontece por volta das 21h00min horas. Dormimos no Posto de
combustível YPF em Pres. R. Saenz Peña.
O calor continua, e as 07h30min da manhã ainda é noite nesta
região. O caminho não tem muitas novidades, pois continuam as ditas retas da RN
16, somente após El Quebrachal tivemos as curvas até ao encontra da RN 34, e
continuamos até Pampa Blanca, onde dormimos frente ao Posto YPF no jardim da Secretaria
de Obras da cidade, com autorização do Secretário que também é o meu xará. Por
volta das 08h00min horas estávamos na estrada e tocamos até El Carmen, e
pegamos a RN 9 e fomos rever o Dique La Ciénaga e Las Maderas onde tem camping
e muito lugar para acampar livre. Nós ficamos junto a Intendência do local.
Nesta noite houve um pouco de chuva que amenizou a temperatura para 22ºC, que
para nós foi um grande alívio.
Seguindo pela RN 9 em direção a Purmamarca, subindo as
montanhas e passamos por um povoado que foi dizimado pela lama e pedras na
forte chuva que teve no início de janeiro deste ano. Segundo informações, e em
função do horário do ocorrido em torno das 10h00min horas da manhã, somente
duas pessoas morreram. Se fosse a noite a tragédia seria maior. Após o vilarejo
de Tumbaya, saímos da RN 9 e pegamos a RN 52 que nos levará até ao Passo Jama
divisa com o Chile. Mas, resolvemos ficar em Purmamarca para nos aclimatarmos
com a altitude, em função que subiremos mais de 2.000 metros no total de 4.840
metros de altitude, pois se não podemos sofrer o El Soroche (hipoxemia), ou
mais conhecido como o Mal de Alta Montanha (MAM). É a diminuição de oxigênio para
nossos pulmões em altitudes acima de 2.000 metros e quanto mais alto, menor a
quantidade de oxigênio. Os habitantes das altitudes tem aproximadamente o dobro
de glóbulos vermelho de um habitante em nível do mar. Aqui contam que os
cavalos crioulos podem subir em torno de 5.000 a 5.500 metros de altitude. Ele
não conhece o limite do corpo, pois quem o está conduzindo não voltar, ele
morre. Enquanto que a mula pode ir até 6.000 metros de altitude, e ela sabe do
seu limite, pois quando chega, empaca. Só se move se for para descer a
montanha. Interessante!
Purmamarca é a cidade onde os turistas se encontram. Aqui
passam gente do mundo todo, uns para o Chile e outros para a Quebrada de
Humahuaca e em seguida Bolívia. Aqui fica o Cerro de 7 colores. As montanhas
tem cores incríveis. A cidade toda feita em Adobo, ruas de pedra e areia, com
muito pó, ainda mais com o vento que bate à tarde. Igreja na praça principal
datada do ano de 1.642. Vale a pena conhecer os habitantes deste local, com sua
descendência Aymara.
O mundo é muito pequeno!
Motor Home estava estacionado na rua central de Purmamarca, quando
bateram na porta. Era um brasileiro de Floripa e mais três jovens da região de
Rosário na Argentina. Todos estudantes e mochileiros. Conversa vai e falando
que tenho casa em Mariscal, município de Bombinhas (SC), pois agora moro no MH,
e ele falou que ia quando pequeno na casa do tio dele também no mesmo bairro.
Pergunto o nome do tio, e ele informa o nome, sendo que era meu vizinho. Demos
muitas risadas das festas que fazíamos. Boa época também que temos muitas boas
recordações.
Aqui a temperatura caiu para 17ºC para nosso alívio e
pudemos puxar até um leve cobertor.
Acordamos depois do amanhecer, 07h00min horas da manhã e nos
preparamos para seguir rumo a San Pedro de Atacama no Chile.
Saindo de Purmamarca pela RN 52 começa a subir a Cuesta de
Lipán, com muitas curvas, paisagens espetaculares, com suas montanhas
coloridas. A vontade é de parar em cada curva para apreciar a vista da
Quebrada. Acima está a As Salinas Grandes, sendo a mais branca da Argentina,
onde tem local para parar e apreciar a extração do sal. Tendo inclusive
construções de sal neste local.
Estou acompanhando a aventura de vcs, boa viagem meu amigo!!!!! Luiz Carlos
ResponderExcluirValeu meu Amigo. Abraços
ExcluirValeu meu Amigo. Abraços
ExcluirLindas paisagens expostas nas fotos.
ResponderExcluirAbraços
Muito obrigado. Abraços
ResponderExcluirOlá! Acabamos de pegar nosso motorhome na Santo Inácio também. Estamos com muita vontade de fazermos essa viagem. Obrigada por compartilhar as vossas experiências, nos ajudam muito, nos dão dicas e nos encorajam. Boa sorte e vão com Deus!
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