segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Expedição Brasil até o Alaska - Diário de 02 a 06/02/2017

Diário do dia 02/02 ao 06/02/2017
Entramos na Argentina e seguimos pela RN 123 até a cidade de 09 de julho e dali seguimos pela RN 12 até Resistência e pegamos a RN 16, com suas intermináveis retas. Este inicio de viagem na Argentina tornou um pouco cansativa em função do calor que pegamos até 40ºC. O sol escaldante não dava sossego. Tivemos que mudar a nossa forma de dirigir, pois a nossa rotina passou a ser: levantar as 07h00min e sair em torno das 08h00min horas da manha. Parando perto das 13h00min horas para fazer almoço e começar a dirigir até escurecer que acontece por volta das 21h00min horas. Dormimos no Posto de combustível YPF em Pres. R. Saenz Peña.
O calor continua, e as 07h30min da manhã ainda é noite nesta região. O caminho não tem muitas novidades, pois continuam as ditas retas da RN 16, somente após El Quebrachal tivemos as curvas até ao encontra da RN 34, e continuamos até Pampa Blanca, onde dormimos frente ao Posto YPF no jardim da Secretaria de Obras da cidade, com autorização do Secretário que também é o meu xará. Por volta das 08h00min horas estávamos na estrada e tocamos até El Carmen, e pegamos a RN 9 e fomos rever o Dique La Ciénaga e Las Maderas onde tem camping e muito lugar para acampar livre. Nós ficamos junto a Intendência do local. Nesta noite houve um pouco de chuva que amenizou a temperatura para 22ºC, que para nós foi um grande alívio.
Seguindo pela RN 9 em direção a Purmamarca, subindo as montanhas e passamos por um povoado que foi dizimado pela lama e pedras na forte chuva que teve no início de janeiro deste ano. Segundo informações, e em função do horário do ocorrido em torno das 10h00min horas da manhã, somente duas pessoas morreram. Se fosse a noite a tragédia seria maior. Após o vilarejo de Tumbaya, saímos da RN 9 e pegamos a RN 52 que nos levará até ao Passo Jama divisa com o Chile. Mas, resolvemos ficar em Purmamarca para nos aclimatarmos com a altitude, em função que subiremos mais de 2.000 metros no total de 4.840 metros de altitude, pois se não podemos sofrer o El Soroche (hipoxemia), ou mais conhecido como o Mal de Alta Montanha (MAM). É a diminuição de oxigênio para nossos pulmões em altitudes acima de 2.000 metros e quanto mais alto, menor a quantidade de oxigênio. Os habitantes das altitudes tem aproximadamente o dobro de glóbulos vermelho de um habitante em nível do mar. Aqui contam que os cavalos crioulos podem subir em torno de 5.000 a 5.500 metros de altitude. Ele não conhece o limite do corpo, pois quem o está conduzindo não voltar, ele morre. Enquanto que a mula pode ir até 6.000 metros de altitude, e ela sabe do seu limite, pois quando chega, empaca. Só se move se for para descer a montanha. Interessante!
Purmamarca é a cidade onde os turistas se encontram. Aqui passam gente do mundo todo, uns para o Chile e outros para a Quebrada de Humahuaca e em seguida Bolívia. Aqui fica o Cerro de 7 colores. As montanhas tem cores incríveis. A cidade toda feita em Adobo, ruas de pedra e areia, com muito pó, ainda mais com o vento que bate à tarde. Igreja na praça principal datada do ano de 1.642. Vale a pena conhecer os habitantes deste local, com sua descendência Aymara.
O mundo é muito pequeno!  Motor Home estava estacionado na rua central de Purmamarca, quando bateram na porta. Era um brasileiro de Floripa e mais três jovens da região de Rosário na Argentina. Todos estudantes e mochileiros. Conversa vai e falando que tenho casa em Mariscal, município de Bombinhas (SC), pois agora moro no MH, e ele falou que ia quando pequeno na casa do tio dele também no mesmo bairro. Pergunto o nome do tio, e ele informa o nome, sendo que era meu vizinho. Demos muitas risadas das festas que fazíamos. Boa época também que temos muitas boas recordações.
Aqui a temperatura caiu para 17ºC para nosso alívio e pudemos puxar até um leve cobertor.
Acordamos depois do amanhecer, 07h00min horas da manhã e nos preparamos para seguir rumo a San Pedro de Atacama no Chile.
Saindo de Purmamarca pela RN 52 começa a subir a Cuesta de Lipán, com muitas curvas, paisagens espetaculares, com suas montanhas coloridas. A vontade é de parar em cada curva para apreciar a vista da Quebrada. Acima está a As Salinas Grandes, sendo a mais branca da Argentina, onde tem local para parar e apreciar a extração do sal. Tendo inclusive construções de sal neste local.

Seguimos até Susques onde paramos para fazer o nosso almoço e também dar uma parada para descanso e aliviar o carro para a próxima subida. Em Susques Tinha um Posto YPF, digo tinha, porque estava fechado e vários viajantes pararam e ninguém atendia. Dali seguimos até ao Paso Jama que para nossa surpresa se faz agora as duas fronteiras Argentina e Chile no mesmo local. Foi muito prático e rápido. Da outra vez que estivemos nesta região tivemos que fazer a saída da Argentina no Paso Jama e a entrada no Chile em San Pedro de Atacama (que era uma confusão sem tamanha), pois presenciamos muitas discussões naquela época. Hoje nota 10. Perfeito os tramites.
Dique Lá Cienága

Dique Lá Cienága


Dique Lá Cienága



Pumamarca

Pumamarca

Pumamarca

Pumamarca


Pumamarca

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

Pumamarca a Paso Jama

6 comentários:

  1. Estou acompanhando a aventura de vcs, boa viagem meu amigo!!!!! Luiz Carlos

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  2. Lindas paisagens expostas nas fotos.

    Abraços

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  3. Olá! Acabamos de pegar nosso motorhome na Santo Inácio também. Estamos com muita vontade de fazermos essa viagem. Obrigada por compartilhar as vossas experiências, nos ajudam muito, nos dão dicas e nos encorajam. Boa sorte e vão com Deus!

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