26 - Diário do dia 31/10 a 11/11/2017
Depois de muita luta, calor, paciência, pegarmos o “Bisão” no porto, e fomos para o hotel
onde tem o estacionamento que permite ficar com MH, para fazermos os
preparativos para começar a ir para o Brasil. Temos que desmontar as divisórias
da cabine para casa, fazer limpezas, reabastecer a cozinha, encher o
reservatório de agua mineral, agua para casa, enfim, mais um dia estacionado.
Tivemos que aguardar os nossos amigos Luís e Milu de Sorocaba(SP) que
vinham de Miami e enviaram seu MH para Cartagena, o qual pedi a gentileza de
comprar um adaptador para botijão de gás dos EUA, pois o meu estava com um
pequeno vazamento. Chegaram bem, pois de Miami tem voo direto para Cartagena. A
primeira vez que nos encontramos foi na Banff, depois em Fairbanks e a última no
Alaska Highway, eles vindo da Milha 60. Foi bom conversar com ele em Cartagena.
Bem, no dia seguinte, pegamos a estrada pela Ruta 90 até o
entroncamento com a Ruta 25 e dali continuamos por esta rodovia. Este trecho
está muito bom. Paramos para reabastecer num Posto da Terpel, comprei gasolina
também para o gerador e aproveitamos para fazer o nosso almoço depois de um
longo tempo longe da nossa casa. Impressionante como nos adaptamos aos
diferentes modos de viver. A gente sente a falta de mobilidade com o conforto
de ter sua casa junto com você. Neste momento, com muito calor, gerador
bombando energia para o nosso ar condicionado, e ainda veio uma chuva que
também ajudou a amenizar o efeito da alta temperatura.
Tudo ajustado, voltamos para mesma rodovia. Quando por volta das 15
horas da tarde o transito foi interrompido para retirar um contêiner que caiu
de um caminhão no dia anterior. Esta situa para mim inusitada. Vou contar: O
caminhão vinha pela rodovia de numa curva desacoplou a carreta, e o caminhão
foi para um lado e a carreta com contêiner para outro. A corte que não vinha
ninguém, não estragou o contêiner e nem o caminhão. Enfim ninguém ferido. Até aí
tudo bem. Chamaram um grande guincho que como o contêiner estava carregado, o
contêiner trabalhava nas últimas, com muita dificuldade para pôr em cima do
caminhão. Fui verificar o trabalho deles e como estava içando nos quatro lados
do contêiner com cabo de em cada extrema e todos os lados ligados ao gancho do
guincho. Como o contêiner era longo vi, e disse vou sair daqui pois isso não
vai dar certo. Dito e feito, depois de muita tentativa o container dobrou no
meio. Pensei! Nossa!!! Não houve nenhuma avaria no acidente e eles conseguiram
destruir a carga. E o representante da Marfre Seguros dando a orientação. Assim
ficamos mais de 3 horas e o nosso plano de viagem para esse dia foi pelos ares.
Tocamos mais um pedaço e já estava escuro e resolvemos parar em um Posto de
Combustível em Planeta Rica para pernoitarmos com segurança. Paga-se uma
pequena taxa, mas pelo menos tem segurança. Por aqui não dá para ficar em
qualquer lugar.
No dia seguinte, acordamos cedo, cumprimos com a rotina de sempre e
seguimos pela mesma Rod.25 (Panamericana na Colômbia). Esta estrada neste
trecho tem muito sobe e desce, pistas estreitas e com muitas curvas. Subimos
perto de 3.000 msnm em Llanos para Santa Rosa dos Ossos, depois baixamos para
os 1500 msnm para Medellín. Depois de Medellín subimos para 2800 msnm em Alto de
Minas e dali começamos a descer por quase 70 kms com muito cuidado, rodovia
cheia de caminhões, aqui chamados de “mula”, chegando a noite na cidade de La
Pintada, que tem um camping no centro da cidade. Fomos lá, tem piscina que usam
para passar o dia. O lugar para MH era no estacionamento e como era sábado
tinha também um baile. Bem, cansados, pensamos deve ter outro lugar para ficar.
Perguntamos na frente onde tinha um parqueadero público para estacionar e
passar a noite. Podíamos estacionar, mas não ficarmos dentro da casa. Então,
perguntei sobre o lugar que tinha no Ioverlander, conhecido por ginásio.
Disse-me que os viajantes ficam ali e a cidade é muito tranquila. Fomos e
estacionamos bem no final e ligamos o nosso gerador para refrescar e passarmos a
noite. Tudo muito tranquilo e de manhã, tinha um Argentino também estacionado.
Assim, voltamos e saímos da Panamerica na entrada para Súpia, pois
tinha sido bloqueada a estrada pelos indígenas. Seguimos pela Rod.50 por
Chinchiná, Santa Rosa de Cabal, Dosquebradas, Cerrito e voltamos novamente para
a Rod.25(Panamericana) em Cartago. Continuamos até Cali para pernoitarmos.
Daqui em diante, Villa Rica a rodovia está fechada pelos indígenas e não se
pode passar. Todos os acessos para o Sul estão fechados há 09 dias. As cidades
de Popayán e Pasto estão sem abastecimento de combustível em função disso. Os
indígenas estão muito revoltados com o governo e a violência está muito grande,
colocando fogo em caminhões, etc. Nós estamos numa estação de serviço da Terpel
aguardando a liberação da rodovia. Enfim, estamos nos sentindo presos. Essa
sensação é horrível, pois estamos num país em que não é o nosso e não podemos
continuar a nossa viagem. Temos que controlar a nossa ansiedade, ter calma e
serenidade para aguardar essa liberação. Interessante, como as coisas se repete
na vida. Situação semelhante vivemos na Bolívia no ano de 2004 quando demos um
360º na América do Sul. Lá ficamos 11 dias sitiados em La Paz e corremos sério
risco de morte. Bem nesta estação de serviço estou conversando com todos que
passam e também com a Polícia.
Depois de 2 dias parados esperando que liberassem a rodovia, recebemos
enfim uma notícia boa, na noite de segunda feira. Bem, aguardaremos até o
próximo dia para que além de liberar a rodovia, façam a limpeza nela para que
possamos trafegar com segurança.
Após o nosso café da manhã, reabastecemos o “Bisão” de combustível e também o reservatório do gerador e
seguimos pela Rod. Panamericana. Foram quase 400 kms de muita tensão até a
cidade de Pasto. No caminho, muitas pedras, arvores cortadas, e muito vidro de para-brisas
quebrados. Quando chegamos a cidade de Pasto Galeras.
De manhã cedo, reabastecemos o “Bisão”
de combustível e de agua potável e seguimos a nossa viagem até a fronteira do
Equador. Fizemos os trâmites e tocamos pela Rodovia E 35 (Panamericana)até a
cidade Cayambe, dormimos também na Estação de Serviço do Petroequador no centro
da cidade, num estacionamento fechado.
Foi uma noite muito agradável a 2.750 msnm, temperatura em torno de 9
ºC, muito gostoso para dormir. Levantamos cedo, e logo que a rotina foi
cumprida, reabastecemos o “Bisão” de
diesel e nos pomos na estrada. Vale ressaltar que o combustível mais barato foi
no Equador. Sendo o galão (3,785 Litros) por USD 1,03. Pela minha conversão do
dólar, preço de compra no Brasil, ficou em torno de 0,90 (noventa centavos de
real) o litro. Muito bom o preço.
Daqui de Cayambe, resolvemos mudar o rumo e estamos indo em direção a
Guayaquil. Saímos da Rod. E 35(pan-americana) e pegamos a Rod. E20 em Aloag e
seguimos nela até a cidade de Santo Domingos de los Colorados. Dali entramos na
Rod. E25 passando pelas cidades de Quevedo, Ventanas, Pueblo Viejo, San
Clemente e dormimos na cidade de San Juan numa estação de serviço da Mobil. Da
cidade de Aloag até Santo Domingos, subimos até 3.250 msnm e depois descemos
por mais de 97 km uma serra gigantesca, com muitas curvas e estreita, mas com
vista formidável, pena que não tinha acostamento para parar e tirar fotos, pois
tinha muito movimento e não queria ficar com caminhão muito perto da nossa
traseira. Amanhã seguiremos em direção a Guayaquil pela mesma Rod.E25.
A Rod.25 até Guayaquil continua da mesma forma, sendo que a pista é
muito boa, mas não tem acostamento, ou o acostamento é muito estreito e os
carros e ônibus param de repente no meio da pista. Tem que ter muito cuidado
também.
Em Guayaquil ficamos no Camping/estacionamento Hostal Macau, bem
próximo do shopping e de taxi para a cidade não é muito caro. O local é
sombreado, com luz, agua e wifi. O pessoal é bem bacana também. Esta cidade,
apesar de estar três vezes no Equador, ainda não a conhecíamos. Muito
interessante, parte moderna no Malecom 2000, arborizada e com vista
interessante para o Rio Guaya.
No dia de hoje, sábado está sendo realizada a Exposição Internacional
de Orquídeas no centro de eventos e aproveitamos para visitar. A Valk adorou, e
realmente estava muito bonito, com várias espécies premiadas. Vamos aproveitar
para passear pela cidade e depois seguir em direção ao Peru. Mas isso conto no
próximo post.
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Cartagena a divisa com Rumichaca Equador |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
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Guayaquil - Malecon 2000 |
Muito bom saber que estão voltando e carregados de muita emoção e conhecimentos.
ResponderExcluirAssim que possível estaremos conversando pessoalmente com vocês.
Forte abraço.
Duda