08 - Diário do dia 21 a 31/03/2017
De Las Lajas saímos com rumo para a fronteira, mas muito
tranquilo pela rodovia Pan-americana, sendo a rodovia muito boa, mas estão em
obras e por isso a gente para constantemente. A rodovia é todo em pista dupla.
Almoçamos na frente de um grande shopping. O calor está por demais.
À noite, dormindo de frente para o mar, mas a temperatura
não baixa. Não tem aquele “ventinho” que tudo mundo espera para se refrescar.
Pensava que a agua do mar nesta região do Pacifico fosse fria, igual a da
América do Sul, mas é quente. Coisas de correntes marinha. Não dá nem para
tomar um banho de mar para se refrescar. Aproveitei para fazer a Declaração do
Imposto de Renda e enviar para ficar de boa com o Leão. Aliás esse Leão está
cada vez mais faminto!!!
Bem chegamos na fronteira Panamenha e foi tudo muito rápido.
Não esperava que fosse assim. Quando fomos para a fazer os trâmites na
fronteira da Costa Rica, foi uma decepção. Não sei o que houve, mas achei o
pessoal muito carrancudo e pouco prestativo. Para começar a Costa Rica tem o
fuso horário com uma hora a menos que o Panamá. Metade dos guichês fechado.
Horário de almoço.
Resolvido a nossa parte na Imigração, fomos tratar de fazer
a Importação Temporária do nosso MH. As cópias nem vou falar porque já é de
praxe. Faltava fazer o seguro SOA e tirar cópia e preencher dois formulários.
Nada complicado. Tudo muito simples. Só que tivemos que aguardar o guichê da
seguradora abrir, pois tinha fechado para almoço.
Fizemos o seguro, no valor de USD$ 40,00 dólares. Uma
observação: aqui tem seguro para Motor Home, diferente dos outros países que
passamos que não tinha e não fizemos. Depois disso fomos com todos os papéis
para o setor da fazenda fazer os trâmites. Esperamos a boa vontade do
funcionário até chegar a minha vez. Sempre orientamos sobre os documentos dos
nossos carros, pois eles não entendem muito bem o que está escrito. Com os
documentos na frente, vão perguntando e eu respondendo e apontando nos campos
dos documentos para eles terem uma confirmação. Assim, acaba saindo uma
brincadeira e outra, quebra-se o gelo inicial, e tudo sai com uma energia
melhor. Depois, o fiscal e mais um outro, solicitam para ir até o MH para
confirmação dos dados do documento. Dão uma olhada por dentro, mas por
curiosidade e o outro fiscal pergunta se temos um Perro (cachorro). Digo que o
único Perro da casa sou eu. Risadas, enfim não olharam nada, nem geladeira, nem
se tinha frutas, verduras ou produto de origem animal ou industrializados. No
final, voltamos ao setor, o fiscal dá mais um carimbo (selo) e solicita para
passarmos com o carro para fazermos a pulverização. Tudo sem custo.
Dali, alegres por estarmos na Costa Rica, fomos seguindo
pela Rodovia Pan-americana que leva o RP2 até a cidade de Palmar. Depois
pegamos a rota turística que é a rodovia do litoral sul que leva o nrº. R34
paras as praias e escolhemos para passar a noite a Playa Hermosa. Outra coisa:
todo lugar tem uma playa hermosa. Embaixo das árvores e de frente para o mar, ainda
aproveitamos para ver o pôr do sol. Fantástico! Passamos a noite sozinho nesta
praia.
No dia seguinte, o movimento veio, muitos turistas
americanos. Encontramos uma brasileira de nome Ana Carina e seu marido
americano. Ela de Recife e mora na Carolina do Norte. Deixou o endereço para se
passarmos por lá, visita-los. Foi legal ouvir uma brasileira falar com aquele
sotaque lindo de Pernambuco. Ficamos até o final da tarde nesta praia e quando
o sol estava se pondo, o dono da barraquinha ao lado veio trazer dois cocos
gelados e ainda dois ceviche para nós. Estava uma delícia. Demos uma camiseta
para ele de lembrança do Brasil.
Saímos dessa praia, continuando na R34 fomos a 3 Km da Praia
de Dominical, comprar gasolina para o gerador e voltamos novamente para a Praia
Dominical para passarmos a noite de frente para o mar, embaixo de muitas árvores.
Este senário se repete por aqui.
Venho aqui, incansavelmente falar sobre o calor, mas estamos
sentindo muito mesmo. Como os nossos acampamentos são todos Free (0800) até o
momento, temos que utilizar o gerador para termos energia elétrica para o ar
condicionado. Infelizmente, mesmo de frente para o mar, não tem nenhuma brisa.
As praias são lindas, o pessoal muito bacana e encontramos sempre Overlanders.
Ai cada um conta um pouco das suas viagens, o que pretende fazer, enfim troca
de experiências. O amanhecer foi muito lindo. Acordamos no horário local 05:30
horas da manhã. O nosso corpo já está habituado ao horário antigo da região
norte da América do Sul. Ou seja, 01 hora a mais.
Depois de muita conversa a noite anterior, sobre o clima e
também em função de praias, que são belas, mas como vivemos na praia, queremos outras
paisagens, como: vulcão, montanhas, lagos e por isso resolvemos mudar o nosso
trajeto. Seguimos pela R34 até Barú. Depois pegamos a R243 até San Isidro de El
General, onde fui fazer cambio no banco e comprar um chip para o celular. Outra
informação: aqui vale a pena fazer o câmbio nos bancos, levando o passaporte.
Vale a pesquisa entre eles também, foi o que melhor pagaram e é mais seguro.
De San Isidro El General, voltamos a pegar a Rodovia
Pan-americana RP 2, novamente para subir as montanhas, passando pelo Cerro de
La Muerte e explorar esta região da parte norte. O Cerro de La Muerte é uma
serra muito longa, que chega ao 3.147 msnm. A temperatura mudou bastante, na
casa dos 18 ºC, dando um belo refresco para nós. Chegamos na portaria do Parque
Nacional Los Quetzales, praticamente no final do horário de trabalho que era
03:30 horas e assim, resolvemos passar a noite na frente da portaria do parque,
para amanhã fazermos uma caminhada numa trilha. A noite rolou uma canja de
galinha regada com um vinho.
Acordamos cedo, com um dia lindo de sol e a temperatura
muito agradável. Tomamos o nosso café da manhã, e demos uma arrumada na casa e
fomos fazer a trilha do Ojo de Agua. A
trilha tem em torno de 2 km, no meio de uma mata úmida, com várias espécies da
flora e no silêncio a gente consegue escutar e observar alguns pássaros. Vimos
várias espécies de beija flor. Vamos abrir um parêntesis: A Costa Rica, sendo
um país pequeno, tem mais de 190 reservas biológicas, parques nacionais e refúgio
da vida selvagem. No planeta, poucos países se comparam a Costa Rica pela
diversidade de Flora e Fauna, por exemplo tem 5% das espécies de borboletas
identificadas no mundo. Tem a maior diversidade de pássaros do mundo, com mais
de 850 espécies identificadas, correspondendo a 10% do total conhecido
mundialmente. Outra coisa interessante: não tem exército, pois tornou-se neutra
e grande parte da economia refere-se ao Turismo. Aqui é o paraíso dos
americanos, pois não faltam turismo de aventuras.
Depois de duas noites dormidas em frente ao PN Los
Quetzales, vamos seguir pela PN 2 até a cidade de Cartago e depois vamos pegar
a R224 até Orosi, circular o Lago Cachi, onde muitos lugares interessantes para
conhecer.
Circulamos todo este vale em volta do Lago Cachi. Lugares
muito lindos e bem aconchegantes. Pois são pequenas comunidades e os lugares
são bem tranquilos. Em Cartago, vimos um Supermercado do Walmart, com belo
estacionamento e paramos o nosso MH na sombra e fomos fazer umas compras.
Resolvemos aproveitar o local da sombra e fazer o nosso almoço. Depois,
continuamos até a cidade de Paraíso e depois até Orosi. Em Orosi tinha uma
competição de mountain bike. A cidade é pequena e estava completamente cheia de
visitantes. Outra observação: O Costa Riquenho pratica em muito andar de bike
pelas montanas e também pelo interior. É um esporte praticado em todas as
idades e também físicos. Passamos pela represa e fomos até Ujarrás, cidade a
beira do lago e que tem um parque muito arborizado e tem uma ruina de uma
igreja do ano de 1681 e que com o terremoto de 1822 ficou somente as ruinas e é
muito visitada. Dormimos duas noites em frente ao parque e aproveitamos para pôr
a casa em ordem.
Acordamos no nosso horário normal, tomamos o nosso café e
preparamos para partir. Antes disso, ligamos máquina para lavar louça, enchemos
o tanque de agua potável e rumamos para San José na Autocori, revenda da Iveco
da Costa Rica para fazermos uma revisão. Trocamos as pastilhas de freio, óleo e
também todos os filtros. Enquanto estavam fazendo a revisão a Valk estava
fazendo um risoto para o nosso almoço. Depois que terminou a revisão seguimos
para o Parque Nacional Vulcão Poás. Quando chegamos, estavam fechando o parque.
Por isso, passamos a noite na entrada do parque próximo ao Vulcão Poás.
Como de praxe, tomamos o nosso café da manhã e na entrada do
parque tinha uma fila de ônibus e mais alguns carros aguardando a abertura do
parque. Nós, tranquilos, após a chegada dos guardas, e depois que as excursões
entraram no parque, fomos entrar também. Paga-se a entrada e também o
estacionamento. Podendo ficar até as 03:30 da tarde. O parque é muito bem
estruturado, com vários banheiros, loja e um bom café. Seguimos duas trilhas: a
primeira direto ao mirante do Vulcão Poás. Fantástico!!!depois seguimos a
trilha até a laguna Botas. Encontramos vários tipos de pássaros e também
esquilos. A vista também é maravilhosa.
Fizemos o nosso almoço e mais tarde seguimos para o Zooaves para ver se
encontramos o pássaro símbolo da Costa Rica, o Quetazal. Assim dizia o guia que
tínhamos. Ledo engano, não tinha nenhum da espécie. Como não tinha lugar seguro
para passar a noite, pegamos a R 01 e dormimos num Posto de combustível.
Acordamos não muito cedo, mas o sol já estava bastante
firme. Tomamos o nosso café da manhã, como de rotina, reabastecemos o nosso MH
e aproveitei para colocar meio litro de Actoil no diesel. Assim evita acumulo
de sujeira, agua e ainda atua na limpeza dos componentes injetores.
Isso praticamente é a nossa rotina diária. Tem gente que
quer fugir da rotina, mas não tem jeito, acabamos criando outras. Mas, nem tudo
que é rotina é ruim. Precisamos delas para termos um padrão de segurança, pois
são muitas as coisas a se verificar e um item mal avaliado, pode pôr tudo a
perder. Então, bem-vinda rotina.
Dito isso, rumamos pela R141 até a Ciudad Quesada (San
Carlos). Esta rodovia é um eterno sobe e desce. Depois de chegar a quase 2400
metros, voltamos ao nível do mar. Descer esta estrada com muita curva,
caminhões enormes, dividindo a pista estreita e ainda por cima cuidar dos
freios. Depois pegamos a R142 passando pela La Fortuna e Tabacón, avistando o
Vulcão Arenal com seu estilo totalmente cônico. Fantástico! E em seguida,
entramos para o Parque Nacional Vulcán Arenal (2km de estrada não pavimentada e
com pedra). Chegamos após as 13:30 horas e resolvemos não entrar, deixando para
o dia seguinte. Voltamos até a R142, circulando todo o Lago Arenal até a cidade
de Nuevo Arenal, onde tem um parque municipal, a beira do lago para passar a
noite. O lugar é muito bacana, com árvores e iluminado a noite. Fica uns 10
minutos a pé do centro da cidade. E ainda por cima grátis!!!
Cada dia suas descrições está mais elaboradas nos deixando um gosto de quero mais. Lindas as fotos e saber que vocês estão bem e gostando da aventura. Forte abraço
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